[pt] EU NÃO QUERO AS MINHAS FILHA FICA LIMPANDO CHÃO, SENDO HUMILHADA, PISADA, ENTENDEU?: NARRATIVAS DE TRABALHADORAS POBRES
Ano de defesa: | 2014 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=23466&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=23466&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.23466 |
Resumo: | [pt] O presente estudo analisa como mulheres pobres - auxiliares de serviços gerais, em uma universidade privada no Rio de Janeiro – organizam suas experiências pessoais, familiares e de trabalho em narrativas de história de vida. Na contemporaneidade, é crescente, nas ciências humanas e sociais, o interesse pelo estudo da narrativa enquanto ação no mundo social, no processo de construção das identidades. Nesta dinâmica, os dados, gerados em situação de entrevista, à luz da metodologia qualitativa e interpretativista, foram analisados com base em uma perspectiva sociointeracional do discurso. A análise se dá a partir da utilização das categorias labovianas para identificação dos episódios narrativos, com foco nos recursos avaliativos. Observa-se também, a partir da performance narrativa/identitária, o sentido que é construído pelas entrevistadas ao (re)contar experiências passadas, situações correntes ou ainda projeções futuras e/ou hipotéticas. Assim, as narrativas estudadas permitiram observar algumas dimensões do mundo das entrevistadas em relação à família, ao estudo e ao trabalho. Nesse mundo, a experiência de vida é apresentada com pouco acesso à instrução escolar e ao apoio da estrutura familiar padrão, com consequentes reflexos nas construções identitárias. O papel da família é crucial no processo de organização de sentidos, no qual a figura dos filhos impulsiona essas mulheres a suportar a dureza e a humilhação no/do trabalho, sendo depositada na maternidade a base da construção de suas identidades e da esperança de melhores condições de vida. |