[en] ETHICS IN THE TRACES OF MODERNITY: BETWEEN DECONSTRUCTION AND UNIVERSAL PRAGMATICS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: FELIPE DE OLIVEIRA CASTELO BRANCO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52597&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52597&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.52597
Resumo: [pt] A desconstrução de Jacques Derrida e a ética da discussão de Jürgen Habermas são duas perspectivas ou modos de proceder filosóficos maiores na filosofia contemporânea que guardam entre si problemas comuns, ainda que pensados de maneira profundamente distintas. Esse trabalho visa atravessar alguns dos problemas filosóficos compartilhados por ambas as filosofias, produzindo um confronto entre os trabalhos de Habermas e Derrida onde ele não aconteceu, ou acompanhando esse confronto onde ele foi protagonizado por esses autores. Deste modo, três campos de problemas fundamentais serão explorados pela tese: a questão da linguagem e da comunicação, o problema dos limites da filosofia (e sua relação com campos vizinhos como a literatura, por exemplo), e as heranças políticas da modernidade: a razão ou racionalização do mundo e o cosmopolitismo como possibilidade racional de pensar o universal na política. Para além dessas duas orientações filosóficas de maneira estrita, a tese visa fomentar algumas discussões que possam contribuir para o próprio campo filosófico. Nesse sentido, a estratégia de investigação desses temas opera a partir de dois conjuntos de temas maiores. Em primeiro lugar, minha preocupação foi a de perseguir o fio da ética no pensamento de Habermas e Derrida, encontrando as condições de desenvolvimento desse tema, explícito para ambos os autores, ainda que nem sempre colocado em relevo desde os primeiros de seus desenvolvimentos filosóficos. Derrida jamais negou que a desconstrução, como pensamento da alteridade é ela própria ética. Desde suas formulações iniciais sobre o quase-conceito de rastro, o problema do outro já ganhava a cena central do pensamento da desconstrução e a importância de um pensamento ético do outro vai pouco a pouco se tornando mais explícito sob a letra dos escritos derridianos. Em outra via, uma teoria da ação comunicativa visa desde suas origens pensar uma alternativa a racionalidade instrumental de modo que aquilo que Habermas chama desde muito cedo de interesse emancipatório tributário do Iluminismo pudesse orientar uma racionalidade voltada para uma comunicação amparada por pressupostos capazes de garantir uma discussão livre de violência e de pressão externa. Do mesmo modo, pouco a pouco Habermas vai reconhecer na estrutura mesma dessa comunicação livre, um princípio ético-universalista capaz de reunir os falantes em um consenso ainda que não seja forçoso o compartilhamento entre esses falantes de valores morais fortes. Como segundo eixo temático operante nesta tese surge a problemática da modernidade. Ora, Habermas faz derivar do próprio processo de racionalização moderno - conceitualmente oriundo de uma reinterpretação de Hegel e de Max Weber - o falibilismo e a comunicação orientada por pretensões de validade argumentativa que asseguram o solo possível para uma ética da discussão. Os temas específicos desse trabalho operam, portanto, a partir da relação entre ética e modernidade ou do rastro da modernidade que marca a ética (Habermas), tanto quanto sobre o rastro inapelável da ética operando sobre o conceito de modernidade em um Iluminismo por vir (Derrida).