[pt] A REVOLTA DE CORÉ, DATÃ E ABIRAM (NM 16-17): ANÁLISE ESTILÍSTICO-NARRATIVA E INTERPRETAÇÃO
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=9867&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=9867&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.9867 |
Resumo: | [pt] O texto de Nm 16-17 trata da revolta de diferentes grupos contra a autoridade de Moisés e Aarão. Sua composição é complexa, e ao menos três mãos participaram de sua elaboração. As interpolações e glosas, segundo os críticos, sinalizam tentativas frustradas de harmonização em vista de unir a história da revolta de Datã e Abiram com a história da revolta de Coré e os duzentos e cinqüenta líderes. Diante das novas abordagens mais voltadas para o estilo, a pesquisa aborda o texto na sua forma final como um enredo construído e articulado em torno do conflito de autoridade. A construção dramática de Nm 16-17 possui um início determinado com a apresentação dos personagens, a presença dos conflitos (Nm 16,1-3), com um desenvolvimento (Nm 16,5- 11), dramatização (Nm 16,12-15) e auge dos conflitos (Nm 16,19). Essa dramatização (Nm 16,19b- 24. 25-30) e desfecho com aniquilação dos revoltosos (Nm 16,31-35), caracteriza o texto como unidade literária com elementos estilísticos e narrativos peculiares. O fim do enredo ocorre com a aniquilação dos culpados. Porém isso não indica ainda o fim dos conflitos. Eles reaparecem na segunda história de revolta que envolveu todo o povo (Nm 17,6-15). A intenção do autor final é defender a identidade judaica do povo, por meio da classe sacerdotal que assumiu a liderança após o exílio. Essa história, ao enfatizar a aniquilação dos revoltosos contra a autoridade, foi então escrita na ótica daqueles que estavam no poder, justamente porque sua conclusão (Nm 17,16-28) visa à confirmação divina do eleito Aarão como sumo-sacerdote. Ao destacar a derrota dos revoltosos, o autor também quer apresentar uma história de rebelião arquétipo em vista de hostilizar ou ameaçar todos aqueles que ousarem revoltar-se contra as autoridades constituídas pelo próprio Deus. |