[pt] POÉTICA TRÁGICA: RUPTURA NO AGON HARMÔNICO DO COSMOS OU O TEMPO FORA DO EIXO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: CRISTINA MARIA FLORES RIBAS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=21104&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=21104&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.21104
Resumo: [pt] A presente tese de doutorado tem como tema a tragédia grega da antiguidade clássica, pensada em seu contraste com a tragédia do Renascimento ou primórdios da era moderna. Focado nas obras Édipo Rei, de Sófocles, e Hamlet, Príncipe da Dinamarca, de William Shakespeare, este estudo pretende tratá-las, respectivamente, no contexto histórico e filosófico em que emergem: a tragédia antiga, nos tempos pré-socráticos, marcados pela consolidação do processo democrático da polis grega e a tragédia moderna, em tempos de ascensão da revolução científica e ruptura com a cosmologia aristotélico-ptolomaica tradicional, por meio do pensamento de Giordano Bruno, Copérnico e Galileu, dentre outros, e também pela retomada, por Montaigne, da antiga tradição cética, pela afirmação da autonomia da consciência, bem como pela irrupção da subjetividade; traços característicos da entrada do mundo na era moderna, e que marcam as principais linhas diferenciais entre ambas as formas da tragédia. Em sua estreita relação com a noção grega de cosmos, a poética trágica desponta como a afirmação de que a tragédia ocorre justamente quando algo nessa ordem se rompe. A tragédia poderia ser pensada, portanto, na medida em que se conserva a arcaica imagem do mundo assentado sobre um eixo, como uma poética da desarticulação da ordem do mundo ou a poética do cosmos fora do eixo.