[pt] A VIDA MATERIAL DO LIVRO: UM ESTUDO SOBRE MATERIALIDADE, EXPERIÊNCIA E O NÃOAUTOMATISMO DAS COISAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: JOANA DOMINGUEZ GONZALEZ BOUÈRES BELEZA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52754&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52754&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.52754
Resumo: [pt] A presente pesquisa objetiva iluminar a participação do livro dentro de um recorte específico da arte contemporânea, na expectativa de talvez ali encontrá-lo como organismo vivo, inacabado, não restrito às habituais representações – neste campo que busca não raro descontruir o lugar das representações e provocá-las com impermanências. Observamos o livro sob a proposição de apresentar-se ali como coisa, elemento material descansado do signo social e literário, produzindo obstáculos conceituais. Partindo da distinção objeto e coisa, a tese sugere haver ainda na contemporaneidade uma relação possível entre materiais, experiência e não-automatismo, ainda que estejamos constantemente envolvidos por um univer-so bastante amplo e onipresente dos signos. Investe, por isso, em atuações não naturalizadas do livro, nas quais os significados se apresentam transitórios e flutuantes - nunca permanentes, nunca antes -, estando em movimento constante a cada interação -, uma relação singular e dialética entre pessoas e coisas, que, segundo autores aqui trabalhados, construiria simultaneamente a ambos. Buscando experimentar as estranhezas no contato com objetos que não se deixam definir - diante da perspectiva de coisa -, a pesquisa reúne proposições de artistas que fizeram uso do livro como material e instrumento da arte. Movimentos artísticos, buscando a libertação dos padrões clássicos funcionam de base para a construção da categoria Livro-Coisa, quando se sugere experimentar o livro antes das palavras e das representações. A categoria torna-se depois materializada em uma instalação artística. A tese encontra fundamentação teórica nos estudos da Cultura Material, a partir de expoentes como Daniel Miller e Tim Ingold, em diálogo com os pressupostos de Heidegger, Didi-Huberman, e outros autores, para, a partir desse todo teórico, refletir acerca da relação contemporânea entre pessoas e coisas, e abordar o objeto com alguma novidade.