[en] FUNK OSTENTAÇÃO AND THE LULA AND DILMA YEARS: IMAGINARIES OF SOCIAL ASCENSION IN THE CONTEXT OF PLATFORM MUSIC
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=62496&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=62496&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.62496 |
Resumo: | [pt] O objetivo desta tese é contribuir para o debate da relação entre contexto socioeconômico e artes a partir da análise do fenômeno do funk ostentação. Surgido ao longo dos anos de crescimento econômico dos governos do Partido dos Trabalhadores, o funk ostentação foi entendido como uma representação do que se rotulou, à época, de nova classe média, um fenômeno socioeconômico que foi associado ao êxito das políticas econômicas e sociais do PT. À medida que ganhavam destaque na indústria da música, uma parte expressiva dos artistas do funk ostentação passou a defender um discurso explicitamente neoliberal, ressaltando a meritocracia e o empreendedorismo como fatores determinantes de seu êxito (individual), ignorando o papel das políticas para a formação do próprio subgênero. No campo da música, foi dada maior atenção à economia do funk e às inovações de um modelo de negócio engendrado pela produtora Kondzilla destacando a centralidade do audiovisual e das redes sociais digitais, notadamente o YouTube. A tese se detém justamente sobre essa aparente contradição entre os contextos socioeconômico e cultural realizando uma análise interpretativa de conteúdo de entrevistas de alguns personagens mais destacados dentro do subgênero musical postadas na plataforma YouTube entre 2011 e 2015. Ainda que as políticas neoliberais de consumo não produzam necessariamente impactos políticos lineares, totalizantes e homogêneos, verificou-se nas falas dos MCs a recorrência de um discurso marcado pelo individualismo e pela cultura motivacional, aparentemente antitéticos a um contexto econômico de maior socialização do poder de compra via políticas públicas de Estado. |