[en] HISTORICAL NARRATIVES AND DUTY OF MEMORY: AN ANTI-HISTORY OF THE PROCESSES OF TRANSFORMATION OF DEOPS/SP AND DOPS/RJ INTO SITES OF MEMORY OF RESISTANCE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: RENATA GUIMARAES QUELHA DE SA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=61060&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=61060&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.61060
Resumo: [pt] O presente estudo teve como objetivo compreender, à luz da ANTi-History, como ocorreram os processos de constituição de lugares de memória de resistência de dois espaços físicos usados pela polícia política durante a ditadura civil-militar brasileira: os prédios do DEOPS/SP e do DOPS/RJ. Ao investigar o como relacionado à trajetória de cada espaço e da rede inter-organizacional constituída a partir da análise conjunto dos dois processos, foi possível trazer à tona toda a complexidade de disputas, negociações e movimentações, antes subjacentes, tornando transparentes as relações sociopolíticas dos diversos atores envolvidos, bem como a performatividade do contexto. A investigação dos processos de transformação dos espaços de violência, cuja ordenação dos vestígios encontrados permitiu a elaboração de narrativas históricas, evidenciou a característica dinâmica e contingente de um sociopast formado por atores-rede. Por seu caráter relacional e perfil crítico-emancipatório, a teórico-metodologia ANTi-History tornou possível identificar as conexões de forma posicionada e localizada, dissonante da hegemonia positivista e das histórias universais, permitindo que as movimentações sociopolíticas dos atores se tornassem visíveis ao remover o aparente véu de simplicidade de um status quo binário. Os lugares de memória servem ao propósito orientacionista do dever de memória ao submeter o passado a uma consciência reflexiva. São medidas concretas, instrumentos de suporte de memória que ao se tornarem visíveis sob a forma de organizações, como centros de memória ou memoriais, reivindicam o reconhecimento dos acontecimentos do passado e das vivências dos sobreviventes, criando referências para as gerações futuras com a necessária autocrítica com os erros do passado.