[pt] OS DETERMINANTES DAS TAXAS DE JUROS BRASILEIRAS PARA TÍTULOS PÚBLICOS PRÉ-FIXADOS DE LONGO PRAZO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: ANDRE CABUS KLOTZLE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=12556&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=12556&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.12556
Resumo: [pt] Este trabalho objetiva, por meio da utilização de um modelo de paridade coberta de juros ajustada aos riscos país e demais riscos (sobretudo domésticos), verificar, estatisticamente, quais são os determinantes da taxa de juros brasileira para títulos públicos pré-fixados de longo prazo - no caso, as Notas do Tesouro Nacional Série F (NTN-Fs) de prazo aproximado de 10 anos, com vencimento em 2017. A variável dependente foi definida como a taxa de retorno das respectivas NTN-Fs, ao passo que as variáveis independentes ou explicativas foram a taxa livre de risco dos Treasuries norte-americanos de 10 anos, o prêmio de risco Brasil e o risco cambial. Os demais riscos (especialmente domésticos), por se tratarem do diferencial entre as NTN-Fs e as outras variáveis, encontram-se dentro do componente de termo do erro. Tendo em vista que as variáveis independentes possuem fortes relações de multicolinearidade - o que trouxe resultados visados para o coeficiente de determinação e aqueles individuais -, optou-se por rodar um modelo VAR e, a partir do mesmo, extrair os graus de endogeneidade de cada variável. Assim, foi possível observar o grau de importância e causalidade das variáveis individualmente e se o modelo estava corretamente especificado - ou seja, se a taxa de juros das NTN-Fs de longo prazo foi de fato explicada pelas demais variáveis. As principais ferramentas do modelo VAR - decomposição de variância e funções impulso-resposta - permitiram tirar importantes conclusões acerca dos impactos defasados de variações ou choques ocorridos nas variáveis independentes sobre a taxa de juros das NTN-Fs analisadas. Os resultados comprovaram que a taxa de juros das NTN-Fs é a variável mais endógena do modelo e, portanto, a dependente, além disso, mostrou que o risco cambial é a variável menos endógena, indicando sua importância cada vez menor na formação das taxas de juros de longo prazo no Brasil. A conclusão mais relevante, contudo, foi a evidência de que existe uma correlação negativa entre a taxa de juros livre de risco e a taxa dos títulos de longo prazo brasileiros, contrariando, pelo menos em 2007, a Teoria das Carteiras, que prevê uma relação positiva entre a taxa livre de risco e o retorno de um ativo.