[en] MACHADO DE ASSIS AND THE PUGILISM OF IDEAS (1858-1878)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: RENATO CESAR RIBEIRO CASIMIRO LOPES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30077&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30077&idi=2
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30077&idi=3
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.30077
Resumo: [pt] Este estudo é uma tentativa de compreender Machado de Assis como um escritor engajado no debate em torno das questões que ocupavam o restrito círculo letrado do Brasil, que, na segunda metade do século XIX, tinha nos jornais seu principal espaço de atuação. Além disso, pretende-se verificar em que medida esse engajamento no debate público de ideias contribuiu para o amadurecimento intelectual e artístico do autor que, na década seguinte, seria reconhecido como um dos principais escritores de seu tempo. Com esse objetivo, realizou-se um levantamento da colaboração de Machado de Assis nas colunas por ele assinadas nos jornais do Rio de Janeiro, entre os anos de 1858 e 1878, período aqui considerado como de sua formação intelectual e artística. A leitura desses textos, em cotejo com as matérias noticiosas inseridas nos jornais da época, permitiu perceber que Machado de Assis se manteve atento aos acontecimentos, manifestando opiniões e juízos sobre a política do Império e também sobre as artes, sobretudo o teatro e a literatura, envolvendo-se em polêmicas com outros intelectuais, alguns mais influentes e mais experientes que ele. Esses textos revelam, ainda, que Machado de Assis refletiu de forma crítica sobre o ambiente cultural em que estava inserido, percebendo suas fragilidades e contradições, por ele atribuídas a uma tradição que contrastava com os projetos de modernização e com a atualização das conquistas de uma modernidade europeia. As colaborações periódicas nos jornais do Rio de Janeiro tornaram-se também espaço de experimentações e de arranjos retóricos, muitas vezes utilizados como recurso para superar as incompreensões e censuras a que estava exposta a atividade crítica. Nesse sentido, este estudo pretende ser uma contribuição para as reflexões em torno dos impasses e das possibilidades vivenciadas pelo intelectual e pelo artista face às limitações impostas à sua autonomia de pensar, criar e interferir na realidade.