[pt] OS AZULEJOS DA ORDEM TERCEIRA DE SÃO FRANCISCO DE SALVADOR: UMA REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DA CULTURA POLÍTICA BARROCA PORTUGUESA NO BRASIL DURANTE O REINADO DE D. JOÃO V

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: MARIA EDUARDA CASTRO MAGALHAES MARQUES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=5987&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=5987&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.5987
Resumo: [pt] A presente dissertação tem por objeto de estudo o acervo azulejar setecentista instalado no claustro e na sala do consistório do edifício dos irmãos franciscanos de Salvador, cujos programas iconográficos representam, respectivamente, cenas da Entrada festiva em Lisboa em homenagem ao casamento de D. José, então Príncipe do Brasil, com a Princesa da Astúrias Dona Maria Ana Vitória de Bourbon, ocorrida em 12 de fevereiro de 1729; e dez vistas do lado oriental da cidade de Lisboa. Embora se trate de um objeto de natureza pictórica de grande valor documental - já que constitui um registro único em suporte cerâmico da capital do Império antes do terremoto de 1755 - a tese se desenvolve na fronteira teórica da história da arte e da história cultural. O acervo azulejar é analisado enquanto uma representação simbólica inerente à cultura política barroca portuguesa prevalecente durante o reinado de D. João V. A pesquisa revela como o conjunto de azulejos desvia do padrão temático-iconográfico dos templos franciscanos da Escola Franciscana do Nordeste, em cuja azulejaria predominam temas religiosos. Também procura refletir sobre as especificidades das injunções persuasivas do poder monárquico joanino, que aliava a religião católica à grandiloquência do aparato cerimonial e representativo. No contexto da colônia, a instalação dos silhares no templo dos irmãos franciscanos, contendo cenas laicas referentes às efemérides reais, testemunham as relações privilegiadas entre o monarca e os membros da Ordem, oriundos da elite agrária local, principais contribuintes do imposto para o casamento real.