[pt] BATALHAS EPISTÊMICAS EM AMBIENTE POLARIZADO DE UMA PLATAFORMA DIGITAL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: CAROLINA VALENTE DE OLIVEIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=54271&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=54271&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.54271
Resumo: [pt] Atualmente, diferenças de visões de mundo, especialmente as de natureza ideológica e política, vêm promovendo um clima de polarização, seja no ambiente off-line ou online. Uma das munições utilizadas na guerra do nós contra eles é o conhecimento. Discussões acaloradas são sustentadas por uma disputa de quem tem razão, quem está certo ao defender determinada posição. À luz de uma abordagem que integra a teoria do conhecimento aos estudos sobre postura epistêmica, na perspectiva da Análise da Conversa Etnometodológica, este trabalho tem por objetivo examinar como são construídas as batalhas epistêmicas na seção de comentários de um jornal digital, hospedado no YouTube, que posta vídeos de operações policiais avaliadas como abusivas. Os resultados demonstram que os participantes buscam derrotar o oponente invocando um desiquilíbrio epistêmico entre as partes. Para tanto, mobilizam diferentes recursos linguísticos para reivindicar uma postura epistêmica de mais conhecimento e deslegitimam posições que não são sustentadas por conhecimentos fundamentados e confiáveis. Os resultados revelam também que, em termos de efeitos argumentativos, as batalhas epistêmicas são um jogo sem vencedores. Elas não contribuem para modificar crenças enganosas, informações falsas e preconceitos. Elas servem apenas para reforçar a construção de identidades totalizantes, dificultando qualquer possibilidade de entendimento mútuo, ainda que não haja acordo.