[pt] IDOSOS, TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: CLAUDIA STAMATO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=36934&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=36934&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.36934
Resumo: [pt] Essa tese de doutorado intitulada Idosos, tecnologias de comunicação e socialização surge do interesse pelas transformações ocorridas atualmente devido ao processo de envelhecimento populacional. No Brasil ele se iniciou a cerca de 50 anos, mas diferentemente dos países desenvolvidos, as mudanças ocorreram em uma velocidade tão grande que dificultou a implementação de políticas públicas, bem como o reconhecimento e a adaptação social de toda uma população. O crescimento do segmento dos mais velhos e a diminuição da taxa de natalidade alteraram a estrutura populacional e naturalmente modificaram as interações sociais. Concomitante a isso a evolução das tecnologias digitais vem impactando na vida das pessoas com contínuas inovações e mudanças nas interfaces de comunicação. Se a comunicação nos tempos pós-modernos se dá em grande parte via objetos tecnológicos (celulares, smartphones, desktops e notebooks, tablets e etc) e meios digitais (softwares, aplicativos, sites, redes sociais e etc), qualquer faixa etária da população deve interagir com essas tecnologias a fim de participar das trocas sociais e de informação no seu meio social. O envelhecimento humano tem características que levam a perdas naturais físicas, cognitivas e sociais. Entre as diversas consequências advindas dessas perdas há a diminuição da rede social do idoso e as dificuldades de renovação ou adaptação às mudanças do seu meio. Dessa forma acreditava-se haver uma dificuldade dos idosos em acompanhar a evolução dos objetos tecnológicos de comunicação de maneira a interferir na manutenção e no aumento das suas relações sociais. Esta pesquisa teve por objetivo levantar o uso de objetos tecnológicos de comunicação pelo segmento dos idosos e responder se esse uso tem alguma relação com a sua socialização. Para isso, foram realizadas: uma revisão bibliográfica sobre o envelhecimento populacional mundial e brasileiro, sobre a relação dos idosos com os objetos tecnológicos, bem como foram levantados e compreendidos os conceitos referentes à socialização pós-moderna; também houve a aplicação de entrevistas semiestruturadas em idosos, a fim de obter uma compreensão qualitativa do público alvo a respeito do uso das tecnologias de comunicação, e um questionário online para quantificar esse uso. Buscou-se, através dessas técnicas, identificar a frequência de uso dos objetos tecnológicos e meios de comunicação, verificar as atividades realizadas e os grupos sociais associados a elas e comparar o comportamento das três faixas de idosos (de 60 a 69, de 70 a 79 e de 80 anos em diante) com o grupo dos mais jovens. Foi possível constatar haver uma relação direta entre o uso da tecnologia e a forma de socialização realizada nos dias de hoje e perceber diferenças comportamentais entre as faixas etárias dos idosos e uma grande proximidade da terceira idade (de 60 a 69 anos) com o grupo dos mais jovens. Esse trabalho contribui para o aprofundamento do conhecimento do perfil comportamental do idoso brasileiro, que diferentemente do senso comum, não apresenta apenas o quadro de perdas e de desesperança com que costuma ser retratado. Hoje o idoso é mais saudável, mais engajado, mais produtivo e busca estar inserido não apenas entre idosos, mas em todos os grupos sociais.