[pt] DO INGLÊS L1 AO PORTUGUÊS L3 PASSANDO PELO ESPANHOL L2: TRANSFERÊNCIAS EM REGÊNCIA/TRANSITIVIDADE VERBAL, COM FOCO NAS PREPOSIÇÕES
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=12976&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=12976&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.12976 |
Resumo: | [pt] Do Inglês L1 ao Português L3 passando pelo Espanhol L2: transferências em regência/transitividade verbal, com foco nas preposições transita por temas pouco explorados - não só pela combinação de línguas adotada, como também pela especificidade do fenômeno analisado e pelo tópico gramatical escolhido -, contribuindo para o desenvolvimento de uma área de pesquisa extremamente recente e promissora: a aquisição de terceira língua. Os estudos em AL3 ainda estão muito tímidos na América Latina, mas prementes no Brasil, por conta da crescente vinda de norte-americanos (IL1) já falantes do espanhol (EL2), querendo aprender o português (PL3). É nesse contexto que se faz relevante estudar como as línguas anteriormente aprendidas influenciam a aquisição de uma terceira língua. Esta tese perpassa os estudos contrastivos entre as três línguas em foco, mormente as transferências entre elas; o relativismo linguístico moderado; a corrente funcionalista; conceitos modernos de transitividade, sobretudo a GV; a Análise de Erros (Análise de Transferências); definições de bilinguismo e multilinguismo; e os fatores de influência em AL3. Tudo isso levando-se em conta que o processo de aquisição de terceira língua é mais complexo do que o de segunda. Utilizando-se alguns instrumentos metodológicos - questionários, redações e atividades elucidativas -, foram selecionados os informantes da pesquisa, diagnosticados os problemas mais comuns causados pelas transferências do inglês (L1) e do espanhol (L2) no português (L3) e confrontados os resultados com a hipótese formulada. Verificou-se que quanto maior o domínio na língua espanhola, maior também a sua influência no português, ao mesmo tempo em que diminuem as influências do inglês e aumentam as neutralizações das suas interferências. Contudo, não se pode dizer que a competência no espanhol é determinante para que a L2 seja mais utilizada que a L1 como base de transferências, vez que os índices de incidência do inglês continuam altos mesmo nos alunos com maior domínio daquela língua. Apesar de o espanhol ter alguns fatores a seu favor: maior proximidade tipológica com a L3, o status de LE e o efeito de última língua aprendida; vale destacar essa prevalência da LM, que talvez seja decorrente da escolha da sintaxe como objeto de estudo. Outro objetivo alcançado com a pesquisa foi a formulação de matrizes de transferências que podem auxiliar o professor em sala de aula de PLE. Ciente das diferenças entre as regências, ele é capaz de propor atividades específicas para ajudar esse grupo de alunos a empregar as preposições adequadamente no português, sem incentivá-los a fazer traduções literais - vício bastante encontrado nas gramáticas de português voltadas para o estrangeiro. O presente estudo ainda sugere temas para pesquisas futuras, como, por exemplo, a utilização de outra constelação de línguas ou a mudança do foco da análise mantendo o mesmo perfil de alunos. Pelo ineditismo do tema e dos resultados obtidos, esta tese pretende, em última instância, enriquecer o meio acadêmico colaborando com a descrição do português, não somente como língua estrangeira, mas principalmente como terceira língua. |