[pt] ABORDAGENS DA CONDIÇÃO FEMININA EM PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO FORMAL EM PRESÍDIO FEMININO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: LIVIA SILVA DE SOUZA
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: MAXWELL
• Palavras-chave em Português: [pt] EDUCACAO DE JOVENS E ADULTOS - EJA; [pt] ESCOLA NA PRISAO; [pt] CONDICAO FEMININA; [en] EDUCATION OF YOUTH AND ADULTS - EJA; [en] PRISON SCHOOL; [en] FEMALE CONDITION
• Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=66754&idi=1; https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=66754&idi=2; http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.66754

[pt] Esta dissertação teve como objetivo compreender e analisar temas relacionados à condição feminina em práticas pedagógicas de professores em uma instituição escolar localizada em um presídio feminino do Rio de Janeiro. Entende-se como condição feminina as relações construídas e transformadas por questões econômicas, raciais, políticas e culturais que afetam a vida e a posição das mulheres na sociedade. A pesquisa teve como objetivos subsidiários: a) identificar e descrever práticas pedagógicas, implementadas em uma escola em presídio feminino; b) analisar materiais didáticos que dão suporte às práticas pedagógicas; c) identificar possíveis abordagens de temas relacionados à condição feminina por parte de professores e também das alunas. Optou-se por uma pesquisa qualitativa instrumentalizada pela observação participante, com registro em diário de campo e entrevistas semiestruturadas com 4 professores e com a coordenadora da escola onde a pesquisa foi realizada. O material empírico produzido a partir das observações e das entrevistas foi submetido à análise de conteúdo clássica. Para contextualização do campo de pesquisa, foram utilizados dados disponíveis sobre cárceres femininos, em especial, os relatórios do Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional. A base teórica se ancora na literatura sobre o sistema prisional brasileiro e sobre a escola na prisão, além de estudos sobre a mulher encarcerada. Os resultados indicam que existe uma carência de propostas pedagógicas intencionalmente voltadas à abordagem de temas relacionados à condição feminina. No entanto, as alunas aproveitam abordagens de conteúdos curriculares não relacionados ao tema para relatar e discutir problemas que dizem respeito a ser mulher na prisão. A instituição escolar por vezes reforça o poder disciplinar e a invisibilidade dos sujeitos privados de liberdade.