[pt] DAVID HUME E HISTÓRIA: UMA ANÁLISE DOS ENSAIOS MORAIS, POLÍTICOS E LITERÁRIOS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: FLAVIO DA SILVA RIBEIRO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=9538&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=9538&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.9538
Resumo: [pt] A presente dissertação procura compreender algumas reflexões sobre a história contidas nos Ensaios Morais, Políticos e Literários do filósofo escocês David Hume (1711-1776). Neste trabalho (1758), cuja característica dominante é a heterogeneidade dos temas abordados, o autor busca o conhecimento dos assuntos humanos sob uma perspectiva secularizada, mostrando que entre uma idealização da sociedade (e de uma conduta moral dos homens que nela vivem) e sua realidade concreta a escolha para o verdadeiro esclarecimento deve recair sobre esta última, desmistificando quaisquer hipóteses metafísicas e religiosas como guias ao saber. Tomando a Inglaterra como exemplo preferencial não apenas dos avanços conquistados pelo mundo moderno europeu, mas também dos principais problemas deste, Hume estabelece algumas reflexões - tal como a moderação nas disputas políticas e a interdependência econômica entre os países - que têm por objetivo a fundamentação de uma ciência política. Para esta concorre também uma crítica empírica, que levará o escocês a priorizar os aspectos gerais das sociedades (como a economia, as instituições, os avanços técnicos) como modo de explicação da dinâmica histórica, que, segundo sua percepção, opera por transformações lentas e graduais, de forma seqüenciada, nunca ou raramente de maneira abrupta e imediata. Procuramos, além disso, analisar a importância metodológica de sua regra geral para a reflexão histórica, pois, por meio desta regra, Hume faz tanto considerações acerca do passado como propõe observações gerais para sua época e para o futuro, assinalando, desta forma, a maneira como as sociedades se desenvolveram e como elas, provavelmente, se desenvolveriam doravante, almejando o primeiro passo em direção a um conhecimento científico do funcionamento do conjunto social, capaz de permanecer ante as próprias mudanças circunstanciais pelas quais as sociedades naturalmente passam.