[pt] AVALIAÇÃO CINÉTICA DE ADITIVOS PARA BIODIESEL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: FLAVIA ALICE PRACA NOGUEIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=65976&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=65976&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.65976
Resumo: [pt] O biodiesel, uma opção bastante promissora ao uso do combustível fóssil, apresenta como grande desvantagem o fato de, como todo derivado de ácido graxo, sofrer oxidação rancídica, o que o transforma, ao longo do tempo, em produtos com baixa ou nenhuma capacidade de produzir energia. Para que esta reação seja retardada, diversos compostos têm sido utilizados como antioxidantes, sendo que a maioria dos comercialmente disponíveis são compostos fenólicos com maior ou menor toxidez. Com o objetivo de melhor compreender tanto as diversas opções de antioxidantes como seus efeitos no combustível final, este estudo foi desenvolvido. Foram estudadas 5 famílias de compostos com relação às suas capacidades de retardar a reação de oxidação. A família da curcumina e derivados se focou na molécula de curcumina, que apresenta boa capacidade antioxidante, mas é pouco solúvel em biodiesel, e em duas moléculas dela derivadas, com melhor capacidade de dissolução. A família dos curcuminóides halogenados teve por objetivo o estudo de um grupo de compostos que é apresentado na literatura como antioxidante para biodiesel. A família dos extratos naturais estudou dois extratos liofilizados (de beterraba e de jabuticaba), além da betanina, composto também extraído da beterraba. A família dos óleos essenciais, que já é utilizada como aditivo para biodiesel, para aumentar as propriedades anticongelantes do combustível, foi estudada de forma a se compreender o impacto do óleo essencial no tempo de indução do biodiesel final. Finalmente, foi estudada também a família dos difenóis, onde os compostos 1,2-difenol, 1,3-difenol e 1,4-difenol foram comparados tanto em análise direta de tempo de indução quanto em condições de envelhecimento. Da família das curcuminas, determinou-se que o composto octohidrocurcumina apresenta boa solubilidade, tanto em biodiesel como em diesel, e grande potencial como antioxidante a ser usado em pré-diluição com diesel ou com um antioxidante sinergético. O mesmo pode ser dito acerca do composto bromado (em posição para) da família dos curcuminóides halogenados, que apresentou resultados promissores de melhoria de ponto de indução, mesmo a baixas concentrações, com boa solubilidade. Acerca dos compostos naturais, os resultados de tempo de indução do pó liofilizado de suco de jabuticaba apresentaram um aumento de tempo de indução de 25 por cento em relação ao biodiesel puro. Estudos posteriores de extração das antiocioninas da jabuticaba com objetivo de uso como antioxidante poderão trazer resultados satisfatórios. Quanto aos óleos essenciais, o óleo de limão tahiti apresentou bom desempenho pois, além de aumentar o tempo de indução, melhorou o ponto de entupimento e a viscosidade do biodiesel, podendo agir também como antioxidante sinergético. Finalmente, entre os fenóis, o isômero difenol 1,4 apresentou melhor capacidade de aumento de tempo de indução do biodiesel, enquanto o isômero 1,2 parece estabilizar o tempo de indução ao longo do tempo.