[pt] UM OBJETO DE ENSINO CHAMADO HISTÓRIA: A DISCIPLINA DE HISTÓRIA NAS TRAMAS DA DIDATIZAÇÃO
Ano de defesa: | 2004 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=4360&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=4360&idi=3 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.4360 |
Resumo: | [pt] Inserido no campo da reflexão didática da História e tendo como base as contribuições da teoria da transposição didática desenvolvida no programa de pesquisa de Yves Chevallard, este estudo tem como preocupação central analisar a especificidade do processo de didatização que permite que a História de objeto de investigação acadêmica transforme-se em objeto de ensino de uma disciplina escolar. Em função da natureza epistemológica do saber em foco, foram selecionados três grandes eixos de discussão - didática e epistemologia; epistemologia e linguagem e identidade e narrativa - a partir dos quais emergiram os demais enfoques que contribuíram para a construção do quadro teórico-metodológico desta pesquisa. Apoiada nas contribuições da epistemologia escolar na perspectiva chevalardiana, da proposta de Análise de Discurso de Fairclough e da hermenêutica de Ricoeur procurei trazer à tona a dinâmica específica da vida dos saberes históricos escolares nas duas esferas de didatização selecionadas (PCN de história e sala de aula) Conceitos como identidade narrativa (Ricoeur), prática discursiva (Fairclough), campo de experiência e horizonte de expectativa (Koselleck) ocupam assim, um lugar de destaque nessa reflexão na medida em que oferecem pistas alternativas para enfrentar a necessária transposição do saber histórico sem negar, contudo a sua complexidade. O primeiro conceito ajuda a pensar a problemática da construção da identidade nacional, uma das principais razões de ser do saber histórico tendo incidência direta sobre a sua natureza epistemológica. O segundo aponta pistas metodológicas fecundas para a apreensão das dimensões axiológicas do objeto saber, central nesta pesquisa. Quanto aos conceitos elaborados por Koselleck, eles permitem enfrentar a questão do tempo histórico, crucial na reflexão histórica, sem cair em visões dicotômicas. O objetivo maior deste estudo é contribuir para a superação de alguns desafios situados no campo do ensino de história referentes à problemática dos saberes. Ao reconhecer a relevância e complexidade do elemento saber no processo de ensino-aprendizagem, oferece a possibilidade de ampliar o leque das variáveis que entram, ou devem entrar em jogo, na avaliação das permanências e mudanças do saber histórico a-ser-ensinado e ensinado ao longo da trajetória de construção dessa disciplina. |