[pt] A TEORIA CRÍTICA DA TRANSFORMAÇÃO RADICAL DE HERBERT MARCUSE: RACIONALIDADE TECNOLÓGICA E MOVIMENTOS REVOLUCIONÁRIOS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: RENATA ALMEIDA DE ARAUJO MARINHO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=59515&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=59515&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.59515
Resumo: [pt] A obra de Herbert Marcuse é caracterizada pela preocupação com as possibilidades de transformação radical da sociedade e dos indivíduos. Sua teoria crítica da transformação radical é decomponível em duas faces: 1. definição e elaboração da lógica imanente da realidade material tecnocapitalista (em estágio de coordenação totalitária dos processos bio-sócio-político-econômico-éticoepistemológico-psicolibidinais), 2. identificação das contradições inerentes e localização dos potenciais focos revolucionários. A transformação é radical por se tratar de um processo simultaneamente social e individual. A tese defendida nesta pesquisa, a partir da filosofia de Marcuse, é de que a racionalidade tecnológica (a tecnologia como modo da dominação) e os movimentos revolucionários (a recusa radical da dominação) são, enquanto tais, antagônicos e inconciliáveis. O argumento basal da tese demonstra tal conflito a partir da compreensão da racionalidade tecnológica como a lógica totalitária hegemônica de quantificação, planificação e padronização do todo existente e dos movimentos revolucionários como expressão e incorporação das diferenças e qualidades irredutíveis ao cálculo homogeneizante e, portanto, expurgadas da realidade do real tecnocapitalista. Ou seja, se a racionalidade tecnológica é a planificação total intensificando-se, aprimorando-se e expandindo-se, com fins de autoperpetuação (conservação e potencialização da estrutura operante estabelecida do capitalismo tardio predatório), é necessariamente o apagamento determinado de toda diferença real (não-assimilada). Logo, a tecnologia (da dominação) é, em si mesma, o extermínio progressivo da possibilidade de existência dos movimentos revolucionários; em contrapartida, os movimentos revolucionários, enquanto luta pela transformação radical (da sociedade e dos indivíduos), são a demanda pelo fim da racionalidade tecnológica.