[pt] A DIMENSÃO ARCAICA DAS AUTOMUTILAÇÕES: DESCONTINUIDADES NOS PRIMÓRDIOS DA VIDA
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48242&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48242&idi=3 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.48242 |
Resumo: | [pt] A finalidade desta tese é a de refletir acerca da dimensão arcaica das automutilações e suas repercussões na clínica psicanalítica a partir do estudo da constituição psíquica e dos processos de diferenciação eu/não-eu, próprios ao início da vida. Trata-se de um fenômeno complexo composto por uma série de condutas diferenciadas que tem em comum infligir danos à própria pele, trazendo o corpo para a frente da cena. O ataque ao corpo realizado nos atos automutilatórios aponta para um sofrimento que não pode ser colocado em palavras e através do qual o sujeito encontra outras vias de expressão e de descarga daquilo que o faz sofrer, denunciando conteúdos e vivências que ultrapassam o universo das representações psíquicas e da linguagem verbal. Em nossa análise, priorizamos nos aprofundar nos processos de constituição subjetiva, chamando atenção para sua dimensão arcaica, que diz respeito a problemáticas narcísicas do início da vida, de construção do eu-corporal, dos primeiros encontros intersubjetivos e dos processos de diferenciação que marcam os limites entre sujeito e objeto. Nossa hipótese se constrói em torno do entendimento de que, quando os primórdios da vida são marcados majoritariamente por desencontros e desarmonias, haverá consequências severas nos processos de subjetivação do bebê, refletindo na problemática da automutilação. Sustentamos que o recurso ao corpo e ao sensorial na automutilação aponta para uma tentativa de contenção do eu em momentos nos quais o sujeito sente que pode haver o risco da perda da integridade narcísica. Nessa direção, as automutilações representam uma via atual através da qual experiências precoces, da ordem do arcaico, se apresentariam. A dimensão arcaica proposta na tese tem como referência elementos dos primórdios sensoriais que ultrapassam a memória dos acontecimentos cronológicos, permanecendo ativos no presente e no atual, nas formas de se relacionar com os outros sujeitos. |