[en] ADAPTIVE PLANNING IN SMALL COMMUNITIES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: ARTUR ANDRE DO VALLE FREITAS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=1736&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=1736&idi=2
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=1736&idi=4
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.1736
Resumo: [pt] O objetivo desta tese é desenvolver uma abordagem de planejamento para atender às necessidades de pequenas comunidades que privilegiem, antes de tudo, o aprofundamento dos laços que unem seus membros. Para isso, procurou-se, inicialmente, analisar o papel do planejamento na vida humana, buscando-se avaliar as características mais adequadas para seu desenvolvimento em situações complexas e conflituosas que hoje são muito freqüentes, mesmo em pequenas comunidades. Verificou-se que, entre os principais requisitos necessários ao planejamento, estão o de objetivar modificar o ambiente (postura pró-ativa) e o de explicitar os valores partilhados pelos diversos atores, valores esses que devem orientar os critérios para a avaliação das conseqüências de longo prazo das ações. Essas características constituem o fundamento do planejamento adaptativo, que, surgindo como síntese entre concepções rígidas e abrangentes de planejamento e o não-planejamento, procura superar as principais críticas a essas abordagens. Mais especificamente, buscou-se aproveitar, no desenvolvimento desta tese, conceitos das duas principais linhas de planejamento adaptativo, denominadas de Redesenho Normativo de Sistemas e Mudança Não-Sinóptica de Sistemas. Dessa última, consideraram-se, especialmente, aspectos das abordagens de Incrementalismo Articulado, Regulação Apreciativa e Incrementalismo Normativo que são apropriados à problemática das pequenas comunidades. Em seguida, abordou-se a questão da comunidade, destacando-se seu papel como instância capaz de quebrar o isolamento do homem na sociedade, o que não é objeto nem das alternativas individualistas, nem das coletivistas. Pesquisaram-se referências à idéia de comunidade no pensamento social católico, com ênfase na Doutrina Social da Igreja, mostrando-se que a comunidade é o lugar privilegiado para a prática dos grandes princípios dessa Doutrina e que a construção de comunidades de solidariedade é um objetivo constante, sobretudo em visões cristãs mais recentes. Como metodologia para o desenvolvimento deste trabalho, adotou- se a pesquisa-ação, que é a mais compatível com o planejamento adaptativo. O autor assumiu o papel de pesquisador em uma comunidade católica, em formação, denominada de Encontro da Comunicação, da qual participa. Essa comunidade busca enriquecer o relacionamento entre seus membros e transmitir esse estilo de vida, que está baseado nos valores cristãos e em uma comunicação profunda, a outras pessoas. Partiu-se do pressuposto de que a incorporação de conceitos de planejamento adaptativo e de formação de comunidades deveria contribuir para a superação de muitas das dificuldades comuns a pequenas comunidades, considerando-se, particularmente no caso da problemática do Encontro da Comunicação, as expectativas de seus integrantes. Como resultado desta pesquisa, desenvolveu-se uma abordagem de planejamento que procura equacionar os principais problemas dessas comunidades, tais como as tendências ao fechamento, à formação de facções e à resistência à mudança, estruturando-as de modo a que haja uma redução dos conflitos que possibilite a construção de relações autênticas, incentivando-se a negociação e apreciação e substituindo-se o legalismo por auto-regulação. A base para a abordagem aqui proposta, testada e aprovada pelos membros da comunidade em questão, propõe a definição e redefinição de um futuro desejado, como ponto de partida para a elaboração e revisão de um plano, a ser implementado em etapas, que serão, permanentemente, avaliadas. As principais contribuições deste trabalho decorrem da articulação dos temas planejamento e pequenas comunidades, estabelecendo bases, tanto para uma melhor sistematização e estruturação dessas comunidades, como para tornar realidade as visões de seus membros, destacando-se formas de superação dos problemas identificados.