[fr] DE L ASILE À L ASILE, LES EXISTENCES DE FERNAND DELIGNY: TRAJETS D ESQUIVE À L INSTITUTION, À LOI ET AU SUJET

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: NOELLE COELHO RESENDE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29862&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29862&idi=3
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.29862
Resumo: [pt] No final da década de 1930, na França, começou a ser desenvolvido o conceito de infância inadaptada, como orientador para a construção de políticas de cuidado em relação à infância e à juventude consideradas anormais. Este conceito, que se estabeleceu durante os anos 1940 e permaneceu predominante sem alterações significativas até meados dos anos 1970, articulou os poderes médico, jurídico e educacional em torno da infância à margem. A noção de inadaptação promoveu uma transição da perspectiva anterior, voltada à completa exclusão da anormalidade, para a possibilidade de reeducação e readaptação desta, direcionada ao seu reaproveitamento econômico. Fernand Deligny dedicou sua vida à criação de espaços comuns junto às crianças e aos adolescentes que, por um motivo ou outro, se tornaram o resto em um processo de integração social que teve o preço da exclusão de toda diferença mais ou menos inassimilável. Tendo passado por diferentes instituições que integravam o tripé de sustentação dessa nova política - a escola, o asilo e um centro sócio-jurídico - e, posteriormente, tendo operado uma transição para fora do quadro institucional do Estado, Deligny se tornou um importante analisador sobre a constituição desse novo campo e sobre a luta política em relação aos preceitos que o sustentavam. A escrita da tese teve como objetivo, a partir da trajetória percorrida por Deligny, das diferentes tentativas tramadas por ele de 1937 até 1996, retraçar, em seus textos e em suas práticas, os contornos de sua vida e de seu trabalho, mapeando as formas como em diferentes períodos e espaços ele construiu uma importante reflexão crítica sobre os processos de criação e de organização institucionais. Nas classes especiais em Paris e Nogent-sur-Marne, em um pavilhão para irrecuperáveis no asilo de Armentières, no Centro de Observação e Triagem de Lille, na Grande Cordée por toda França, e em Cévennes durante trinta anos na companhia de crianças autistas, dentro ou fora das instituições, Deligny criou importantes formas de esquiva aos preceitos que definem os processos de criação institucional que conhecemos e às bases que sustentam a compreensão da experiência humana - a imagem dominante do homem-sujeito: a liberdade, a vontade, a propriedade, a Linguagem, a Normalidade e a Lei.