[pt] QUEM CONSTRÓI E GERENCIA A HISTÓRIA E MEMÓRIA DAS ORGANIZAÇÕES?: UM ESTUDO SOBRE AS EMPRESAS PRODUTORAS DE HISTÓRIAS ORGANIZACIONAIS
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=33116&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=33116&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.33116 |
Resumo: | [pt] A literatura predominante em Administração preconiza que a vantagem competitiva das organizações depende da capacidade da organização aprender a aprender e dinamizar seus processos e rotinas organizacionais de forma a internalizar o conhecimento gerado pela interação de seus atores organizacionais e o ambiente externo. Essa preocupação tem gerado diversos estudos voltados para a forma pela qual esse conhecimento é gerado, organizado e armazenado e, voltando-se cada vez mais para o papel da história na estratégia da empresa e na construção de sentido organizacional interno e externo através da construção de centros de memória e gestão de documentos históricos organizacionais. No campo prático, cientes desse valor estratégico externo e interno do papel da memória, vinculando-o até mesmo a um dever de memória, ocorreram processos de memorialização de diversas organizações, com o surgimento de vários Centros de Documentação e Memória (CDM) e com a gestão de documentos históricos organizacionais. Contudo, poucos estudos discutem a importância da forma pela qual essas informações são colhidas, selecionadas e incorporadas ao sistema de conhecimento da organização e por quem são construídas. A contribuição deste estudo é aumentar a compreensão das políticas de gestão de memória organizacional, seja para fins de recuperação e disseminação de histórias e memórias, bem como sua utilização estratégica para fins de legitimação social e diferenciação do mercado através da identificação do que chamamos de organizações produtoras de história empresarial. Neste estudo foram identificadas as seguintes empresas consideradas como produtoras de história e memória: Grifo, Tempo e Memória, Expomus, Memória e Identidade e Museu da Pessoa. Em relação aos procedimentos metodológicos, os dados foram coletados a partir de (a) entrevistas com as empresas identificadas como as principais construtoras de história e memória organizacional; (b) pesquisa documental através dos sites e livros institucionais das organizações analisadas; (c) entrevistas e visitas técnicas com clientes/empresas contratantes desses serviços de construção de história e memória; e (d) entrevistas com representantes da associação brasileira de comunicação empresarial. A análise dos dados se deu a partir dos procedimentos da análise de conteúdo e gerou categorias identificadas a priori (histórico e equipe, portfólio de produtos, portfólio de clientes, relação com o mercado e dificuldades encontradas) e a posteriori (perspectiva do cliente/empresa contratante de algum produto/serviço realizado por cada empresa examinada). Por fim, a análise evidenciou uma homogeneidade das políticas de gestão de memória, de acordo com o pretendido pela organização contratante a forma pela qual essas políticas de memória serão difundidas dentro e fora da empresa, a utilização de narrativas construídas para o fim pretendido pela organização; e uma preconização de um dever de memória e de responsabilidade social histórica. Contudo, identificamos que o uso estratégico dos CDM ainda não alcançou todo o seu potencial, o que permitiu elencar algumas implicações gerenciais e sugestões de pesquisa futura. |