[en] OCCUPYING NEW IDENTITIES: AN ANALYSES OF THE IDENTITY NEGOTIATION OF HOMELESS HOUSING RIGHTS ACTIVISTS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: WILSON MALAFAIA PEIXOTO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28041&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28041&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.28041
Resumo: [pt] Este trabalho investiga os processos de negociação identitária no curso de entrevistas de pesquisa com ocupantes de terrenos e prédios na cidade do Rio de Janeiro nos últimos dois anos. A premissa central para a organização desta investigação se baseia nos conceitos de neutralização do desvio e das técnicas de controle da informação, concebidos por H. Becker e E. Goffman, respectivamente. Tais conceitos referem-se às técnicas interacionais através das quais os indivíduos negociam rótulos e identidades em interação, de forma a se alinharem preferentemente com as expectativas sociais canônicas de normalidade, ao passo em que se afastam discursivamente de estigmas sociais. Nosso arcabouço teórico baseia-se em autores que consideram nossas identidades não como substância fixa ou concebida aprioristicamente, mas como fluidas, fragmentadas e passíveis de negociação no curso das interações. Os dados foram analisados através de dois recortes, com base em Biar (2012): no primeiro, utilizamos a sociolinguística interacional, prioritariamente os conceitos de enquadre e proteção da face concebidos por Goffman (1959; 1974). Identificamos o uso nas entrevistas de recursos linguísticos que incluem hesitações, vagueza no fornecimento de determinadas informações, não nomeação de atos desviantes, dentre outros. Identificamos ainda um esforço discursivo por parte dos entrevistados no sentido de alterar os enquadres propostos inicialmente pelos entrevistadores. O segundo recorte analisa as narrativas geradas por estes participantes com base nas categorias de causalidade e sistemas de coerência de Linde (1993). Argumentamos que estas relações podem igualmente ser usadas pelos falantes para construir aproximação ou afastamento das atividades tidas como desviantes e, consequentemente, fazem parte do processo de negociação identitária.