[en] CHRONICLE OF A FRUSTRATION FORETOLD: DILEMMAS OF FEMINIST (DIS)ENGAGEMENTS WITH THE MONTERREY FINANCING FOR DEVELOPMENT AGENDA. WHOSE CONSENSUS?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: DIANA AGUIAR ORRICO SANTOS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=14476&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=14476&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.14476
Resumo: [pt] Essa dissertação analisa diversos dilemas enfrentados por ativistas feministas no processo de escolha entre engajar-se ou não em agendas institucionais do sistema ONU. Esses dilemas gravitam entre arriscar-se a ser cooptado pelos processos aos quais se opõem, possivelmente legitimá-los e/ou contestar e oferecer resistência a esses processos. O caso sobre o qual se centra a análise é o processo Financiamento do Desenvolvimento (FfD) que culminou no Consenso de Monterrey em março de 2002. Apesar das perspectivas (anunciadas) de frustração, muitos Movimentos Feministas Transnacionais (MFTs) decidiram permanecer engajados no processo até o fim, articulando uma política de engajamento e resistência (chamada por eles de estratégia inside/outside). Essa estratégia visa a participar das discussões oficiais criticamente e, ao mesmo tempo, contestar a invisibilidade de como as questões de gênero estruturam o projeto intelectual e prático do desenvolvimento atual. Para concluir, duas hipóteses de trabalho são levantadas a respeito da decisão de engajamento desses MFTs. Segundo a primeira hipótese, contida nos discursos dos MFTs, essa decisão de engajamento - a priori contra-intuitiva - é decorrência de dois fatores: a percepção da ONU como espaço de engajamento imprescindível; e a importância das bandeiras de luta dentro de um processo de longo prazo e não como busca imediatista de resultados. A segunda hipótese entende essa decisão como permeada de lógicas de poder internas aos MFTs que buscam a manutenção dos espaços institucionais duramente conquistados desde a Década da ONU para as Mulheres. A conclusão aponta para a própria natureza dilemática dessa estratégia.