[pt] PLURALIZANDO OS ARQUIVOS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS: AS FORMAS DE LUTA DE HEINY SROUR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: IASMINI CATANIO DOS SANTOS NARDI
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=64879&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=64879&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.64879
Resumo: [pt] Neste trabalho, eu me proponho a contribuir para o movimento de pluralização dos arquivos da disciplina de Relações Internacionais recuperando as formas de luta da cineasta e socióloga libanesa, Heiny Srour. Inspirada por diferentes correntes teóricas de RI, principalmente feministas e pós-coloniais, que entendem os arquivos da disciplina como falhos, incompletos e parciais e que buscam resgatar o pensamento e prática internacional de sujeitos marginalizados, essa dissertação se propõe a investigar as formas de luta nas quais se engajou uma mulher em um contexto de luta anticolonial. Proponho que a obra de Srour nos permite pensar formas de luta anticoloniais nas quais feministas aparecem como protagonistas não só dos filmes de sua autoria, mas também de uma compreensão sobre a luta política contra formas de colonização presentes no século XX nas regiões do Levante (Líbano, Síria e Palestina) e de Dofar (área no Golfo situada entre Omã e Iêmen). Meu objeto de pesquisa é constituído por dois filmes da cineasta: A Hora da Libertação Chegou (1974) e Leila and the Wolves (1984). O trabalho parte não de uma pergunta de pesquisa, mas sim de um conjunto de perguntas: Como a produção audiovisual de Heiny Srour constitui uma forma de luta? Se luta contra o quê? Meu objetivo é auxiliar a pluralizar não só os arquivos visuais, como também arquivos sobre pensamento e prática internacional desenvolvido por feministas na segunda metade do século XX. A metodologia de pesquisa é a análise dos dois filmes já citados, centrada no processo de produção e, principalmente, no conteúdo. No que tange à produção, atento para as redes forjadas entre pessoas e grupos anticoloniais para a produção dos filmes. Quanto ao conteúdo, mobilizo os sentimentos de esperança e desilusão situados nos dois filmes para discutir o presente. Argumento que as imagens, cenários, histórias e sentimentos que emergem do cinema de Srour constituem formas de luta contra a opressão patriarcal e colonial e se conectam a outros sujeitos e grupos também dispostos a construir novas formas de viver.