Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Paula Júnior, Luiz Rogério de
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Orientador(a): |
Faria, Alexandre Graça
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Banca de defesa: |
Martins, Anderson Bastos
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Azara, Michel Mingote Ferreira de
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Inácio, Emerson da Cruz
,
Patrocínio, Paulo Roberto Tonani do
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17276
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Resumo: |
Esta tese tem como objetivo analisar a produção literária de Ferréz, identificando em seus trabalhos um projeto estético e ideológico. Partindo da noção de que, para o escritor, a periferia é um país, busca-se mostrar como seus textos estão simultaneamente em diálogo e oposição ao conceito tradicional de “nação”, conforme discutido por Homi Bhabha, Benedict Anderson e Partha Chatterjee. Recorrendo a estudos anteriores, verifica-se como Ferréz se posiciona por meio do enfrentamento, do questionamento e até da “sabotagem” dos discursos oficiais. Em seguida, analisa-se como a obra do escritor trabalha no interstício entre a ficção e realidade a fim de trazer para a literatura brasileira a ética periférica – apoiado nos estudos de Jacques Rancière -, o que ocorre também em diálogo com o gênero romance policial e seus reflexos sociológicos, como desenvolvido por Ernest Mandel e Tzvetan Todorov. Marcados por um sentimento constante de desilusão, que se antecipa no título de seu primeiro livro publicado, os textos de Ferréz expõem uma estrutura social fundamentada na formação de “subcidadãos”, segundo Jessé Souza, que precisam ser mantidos na base de um sistema que pode, portanto, ser considerado, conforme Isabel Wilkerson, um “sistema de castas”. Esse sistema, que massacra primordialmente os sujeitos periféricos, condena, inclusive, a classe média, que se vê fadada ao isolamento e à depressão. Apesar da predominância da sensação de impotência perante a realidade, verifica-se também, ainda que sutilmente, que o autor registra a esperança e um leve otimismo na crença de que a solidariedade pode alterar as condições precárias a que quase todos estão submetidos. |