[en] AT THE WORLD S END: THE MAKING OF THE MODERN POLITICAL IMAGINARY FROM THE NAVIGATION ACCOUNTS OF THE XVI AND XVII CENTURIES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: BRUNO MACCHIUTE NEVES DE OLIVEIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=35810&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=35810&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.35810
Resumo: [pt] Desde o momento em que Cristóvão Colombo colocou seus pés pela primeira vez nas Américas, o espectro da violência privada no mar esteve por perto, fosse ela empreendida pelas mãos dos próprios espanhóis, fosse por aqueles que disputavam com eles o direito de explorar as riquezas recém-descobertas. Nesta tese argumentamos que os relatos de navegação deixados por corsários, piratas e bucaneiros nos séculos XVII e XVII foram parte fundamental para a criação do imaginário europeu acerca do Novo Mundo e de seus habitantes. Procuramos explorar uma diversidade de relatos que, cada qual à seu modo, representaram os dilemas políticos que vieram a desembocar na criação do Estado e do sujeito político modernos. Este processo, contudo, não foi linear, como em uma escala de progresso em direção à civilidade. Pelo contrário, a leitura dos relatos de navegação nos revela uma experiência diversa e frequentemente contraditória. O escopo desta tese abarca os séculos XVI e XVII. Neste período as instituições sociais herdadas da idade média tardia que ordenaram a relação entre indivíduos e sociedade estavam em franco declínio, processo este que somente se aprofundou com a reimaginação da geografia planetária após os descobrimentos. Argumentamos nesta tese que a figura do pirata foi um ator central nesta reimaginação do mundo a partir de suas margens, de suas áreas limítrofes. Ao longo do trabalho, abordamos os relatos de André Thevet e Jean de Léry, Francis Drake, Anthony Knivet, Alexander Exquemeling e, por fim, o romance Rosbinson Crusoé, de Daniel Defoe. Cada um destes trabalhos trouxe algo de novo para a complexa equação que teve lugar nos dois séculos em questão.