Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Battaglia, Stela Maris Fazio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-08122009-161028/
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Resumo: |
Esta tese apresenta um estudo sobre a criação literária de Daniel Defoe, Robinson Crusoé, escrita em 1719. Seu estatuto de obra clássica com inúmeras adaptações inserea numa cadeia discursiva de porte extraordinário, na qual o personagem revela-se um mito. O presente estudo, alicerçado no conceito de compreensão criadora de Mikhail Bakhtin, buscou uma ampliação de sentidos na análise do objeto empírico, com os seguintes objetivos: questionar um possível uso de obras clássicas como fetiches, o esvaziamento de seus sentidos e averiguar a hipótese de Robinson Crusoé ser um protótipo do homem como ser de linguagem, metalinguístico. O levantamento de tal hipótese foi possível pela concepção da dialogia da linguagem, entendida no conceito do Círculo de Bakhtin. A metodologia utilizada constou de sucessivas leituras da obra em questão, seleção de atos de linguagem expressos pelo personagem e sua categorização. A partir daí foram buscadas as representações do Outro nos enunciados de Robinson durante o período de seu total isolamento na ilha em que naufragou; a procura foi norteada pelo conceito da constituição dialógica da palavra, dado que no contexto de enunciação não havia presença real de interlocutores. Como forma de enfatizar o caráter dialógico da linguagem, realizou-se, também, uma seleção de marcas do Outro no relato autobiográfico do personagem (a obra em seu todo), algumas delas explicitamente visualizadas. As reflexões de diferentes autores acham-se presentes neste estudo: Roland Barthes, Michel de Certeau, Jeanne Marie Gagnebin, Ivonne Bordelois, Zygmunt Bauman, Dominique Maingueneau, Fernando Savater, David Olson, George Steiner. Os resultados do trabalho atestam a propriedade da hipótese formulada e demonstram a força da linguagem na vida humana, confirmando a necessidade de valorização da palavra em meio à crise cultural presente na modernidade líquida. |