[pt] A FILOSOFIA POLÍTICA NA ESCRITA LITERÁRIA DE MARGARET CAVENDISH

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: IVANILCE NOGUEIRA CHAGAS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68881&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68881&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.68881
Resumo: [pt] A tese A Filosofia Política na Escrita Literária de Margaret Cavendish, oferece uma interpretação das principais concepções políticas da filósofa e romancista inglesa Margaret Cavendish (1623-1673) expressas em seus escritos literários. O principal objetivo deste estudo, é destacar a conexão entre as ideias filosóficas e políticas da autora e apontar a contribuição da literatura na formulação do pensamento filosófico moderno. Para tanto, busca-se compreender os principais conceitos filosóficos e políticos desenvolvidos pela autora em seus escritos literários. Cavendish, como Thomas Hobbes, não só testemunhou a transição do pensamento tradicional para o moderno como participou diretamente do debate moderno discutindo temas de filosofia natural e política através de sua escrita. A crise social e política causada pelas reformas científica e religiosa no final do século XVI e, em curso no século XVII, pressionou as sociedades ocidentais a reformularem a sua organização política, e foi nesse contexto que Margaret Cavendish, provavelmente influenciada pelo pensamento de Thomas Hobbes, promove reflexões filosóficas e políticas significativas para o projeto moderno em desenvolvimento. Considerando, portanto, a importância do objeto deste estudo e sua complexidade, a primeira parte deste estudo busca situar o leitor no contexto histórico que envolve o período moderno, século XVII, apresentando um breve delineamento das noções norteadoras. Depois, o estudo realiza um cotejamento das principais ideias políticas de Margaret Cavendish expressas em seus textos de Filosofia natural e no romance utópico The Blazing World. A autora elege a utopia como estilo literário, gênero que desde Platão, é usado na reflexão filosófica, mas é na modernidade que a ficção se torna amplamente difundida como alternativa ao debate filosófico e científico. Em seguida, a pesquisa se dirige ao estudo e interpretação dos principais conceitos filosóficos de Cavendish desenvolvidos em seus estudos da natureza a fim de apresentar a conexão entre suas ideias filosóficas e políticas. Por fim, o estudo demonstra que, quando considerada em conjunto, a obra literária de Margaret Cavendish consiste em uma teoria filosófica e política. O estudo também aponta algumas aproximações e tensões entre a filosofia de Cavendish com a de Thomas Hobbes, especialmente em O Leviatã. Em última análise, a exploração da obra de Margaret Cavendish destaca a participação feminina no debate moderno e oferece novas informações sobre a natureza e a diversidade da teorização filosófica e política do século XVII.