[pt] O TRAÇO DE PESSOA NA AQUISIÇÃO NORMAL E DEFICITÁRIA DO PORTUGUÊS BRASILEIRO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: LIA SANTOS DE OLIVEIRA MARTINS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10310&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10310&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.10310
Resumo: [pt] Esta tese investiga a aquisição de pessoa, como traço formal do português brasileiro, por crianças com desenvolvimento lingüístico normal e comprometido. A hipótese de trabalho é a de que a criança, diante do input de sua língua, proceda à delimitação de elementos de categorias funcionais e lexicais encontrados no fluxo da fala, identificando a expressão morfológica de pessoa na categoria funcional D e no afixo flexional do verbo (classes fechadas, delimitadas na interface fônica) e que o locus da interpretabilidade do traço pessoa na interface semântica constitui um problema na aquisição do PB. A tese fundamenta-se nos pressupostos do Programa Minimalista (Chomsky, 1995) e numa proposta teórica que visa a uma articulação entre teoria lingüística e psicolingüística no tratamento da Aquisição da Linguagem e do Déficit Específico da Linguagem (DEL) (Corrêa, 2002; 2006). A operação computacional de concordância sujeito-verbo necessária para a valoração de pessoa em T é considerada no contexto da produção e da compreensão. A expressão morfofonológica do traço de pessoa é analisada em dados de fala espontânea de duas crianças de 18 a 30 meses. 5 experimentos são relatados, nos quais se busca verificar a compreensão da informação referente a pessoa por crianças sem queixas de linguagem, de 3 e de 5 anos de idade, de duas classes sociais (131, no total) e por duas crianças diagnosticadas como portadoras de DEL. Os resultados sinalizam que crianças por volta dos 20 meses já expressam 1a e 3a pessoa do discurso por meio de formas de 1a e 3a pessoa gramatical tanto no DP sujeito (Dmax) quanto no verbo, ainda que apenas por volta de 24 meses haja evidência da expressão morfológica da concordância sujeito-verbo e 1a pessoa do discurso e 1a pessoa gramatical se identifiquem. O estabelecimento da referência com base exclusiva na compreensão de informação gramatical relativa a pessoa apresenta dificuldades para crianças de idade inferior a 5 anos. Crianças DEL de idade superior a 5 anos apresentam dificuldades na compreensão de informação relativa à 3a pessoa e no processamento de informação relativa a pessoa associada a número plural.