[en] ON THE STATUTE OF PROPER NAMES IN THE POETICAL PHILOSOPHY OF LUDWIG WITTGENSTEIN AND IN THE PHILOSOPHICAL POETRY OF SAMUEL BECKETT
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=20593&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=20593&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.20593 |
Resumo: | [pt] Este trabalho se debruça sobre o estatuto de termos metalinguísticos, com especial interesse sobre os nomes próprios. Assim como percebida pelo senso comum, esta classe de palavras se presta com especial docilidade a reforçar uma visão representacionista da linguagem: aqui o nome, ali o nomeado. A recorrente constatação contemporânea da falência dessa visada representacionista convida a reflexões alternativas sobre o vocabulário metalinguístico e sobre os nomes próprios em especial — pois as tentativas de lançar um novo olhar sobre a compreensão da significação linguística esbarram na persistência de um vocabulário que traz consigo marcas da longa hegemonia daquela compreensão de linguagem. A reflexão aqui proposta é desenvolvida a partir dos escritos de Ludwig Wittgenstein e de Samuel Beckett, concentrando-se especialmente nos textos daquele que ficou conhecido como o segundo Wittgenstein e em quatro romances de Beckett — Watt, Molloy, Malone Morre e O inominável. A escolha de tais autores e textos é sensível, por um lado, à fertilidade contemporânea das aproximações entre filosofia e literatura e, por outro, à especial atenção dedicada pelos dois à questão dos nomes próprios. Examina-se um conjunto de passagens relevantes na escrita madura de Wittgenstein, de modo sensível ao que ele diz em Cultura e valor (p. 24): a filosofia realmente deveria ser escrita apenas como uma composição poética. Nos romances de Beckett, por sua vez, focalizam-se tanto as suas singulares provocações onomásticas, quanto momentos metalingüísticosem que personagens endereçam de forma explícita a questão dos nomes próprios. Mostra-se que, tomadas como contra-signos, as escritas desses dois autores, dando a ver a um só tempo a errância dos nomes próprios e o seu paradoxal conservadorismo, acenam com a promessa de caminhos por onde diminuir o abismo que parece ainda separar compreensões intelectuais da linguagem como práxis desprovida de fundamentos e a sua efetiva vivência como tal. |