[en] HERO AND MODERN SCIENCE: MYTHS THAT CONSTITUTE THE COLONIAL POLITICAL AND EPISTEMOLOGICAL HEGEMONY

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: TATIANA CASTELO BRANCO DORNELLAS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52583&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52583&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.52583
Resumo: [pt] O presente trabalho pretende discutir a relação entre uma narrativa que transforma o colonizador branco europeu em herói e o desenvolvimento da chamada ciência moderna como único meio legítimo (e universal) de se produzir conhecimento. Para isso, toma-se a jornada do herói descrita por Joseph Campbell (2007 [1949]) como uma narrativa exemplar, entendendo que o trabalho de Campbell a) toca a construção psicológica (inconsciente/subconsciente) deste personagem, a partir da psicanálise, e b) enquanto um acadêmico estadunidense, encontra-se no mesmo registro dos colonizadores do Norte global. Ainda, entende-se que tanto este herói quanto a ciência moderna são mitos inscritos na Modernidade, também entendida como um mito (Dussel, 1993), que por sua vez estaria diretamente associada à colonização ibérica na América – parte-se da descoberta da América (1492) como marco fundamental da Modernidade. Pretende-se desenvolver essa discussão à luz dos marcos teóricos pós-coloniais e descoloniais, entendendo que as semelhanças que os aproximam são mais importantes que suas diferenças – sendo a principal diferença o entendimento do marco colonial: para o primeiro, seria o pós-Iluminismo, enquanto que para o segundo seria a descoberta da América (Mignolo, 2000) –, compondo, assim, um pensamento crítico e declaradamente político, a despeito da ontologia ocidental, branca e pretensamente universal e neutra. Uma vez que se parte da ideia de que o herói, a ciência moderna e a Modernidade-colonialidade (Dussel, 1993) são co-constitutivos, estes três elementos são transversais neste trabalho, tangenciados pelas dimensões de raça e gênero, que evidenciam os mais violentos aspectos dos elementos analisados.