[en] AMAZONIAN CULTURE AND DESIGN: THE SYMBOLIC SPACE OF THE DESIGN FIELD IN AMAZONAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: WILSON SILVA PRATA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29998&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29998&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.29998
Resumo: [pt] O presente trabalho busca identificar o processo de estruturação e a configuração do Campo do Design no Amazonas assim como as contribuições e consequências, concretas e simbólicas, deste para a cultura amazônica no contexto globalizado. O trabalho tem como enfoque o Campo do Design enquanto campo de produção de bens simbólicos e como principal produtor de bens e serviços na modernidade, como essa prática incide sob lugares historicamente tidos como periféricos, como a Amazônia, assim como o papel dessa prática no embate entre modernidade e tradição. A pesquisa parte do princípio de que a adoção irrestrita e irreflexiva dos cânones e das soluções modernas resulta na reprodução de seus erros e arbitrários. Para demonstrar isso, primeiramente é apresentado o instrumental teórico-metodológico para a análise das noções de cultura, sociedade, modernidade e do Campo do Design enquanto produtor de bens simbólicos. Estando esse instrumental posto, ele é utilizado para discernir as relações do homem com o meio amazônico e a construção histórica usando como objeto às suas formas de representação – cultura visual –, significado e valores sociais estabelecidos e associados a essas produções, demonstra-se como o locus de sentido da cultura amazônica se constituiu na floresta e que essa cultura, apesar de dominante na região, é preterida pelos dominantes. Para isso, foram selecionadas imagens de períodos históricos distintos da Amazônia, – conquista, colonização e da modernidade – como forma de ilustrar como essas ideias e noções determinavam a produção dessas formas de representação. Dessa forma foi possível circunscrever o modo como as elites econômicas, políticas e culturais do Amazonas produzem e legitimam as interseções das diferentes temporalidades históricas e como a ideologia comercial dominante globalmente – globalização – interfere na produção e circulação de bens simbólicos na região. Assim, a questão da configuração dos bens simbólicos não se pauta somente nem principalmente por uma deliberação formal, por um questionamento técnico e pelo avanço das técnicas de representação, mas sim, pelas ideias legitimadas pelas classes dominantes, pela relação do homem com o meio – principalmente na determinação das relações preferidas e preteridas –, e pelos recursos disponíveis para a realização dessa atividade. A partir das produções dos demais campos de produção de bens simbólicos, como a Arquitetura, a Arte, o Grafite e a Literatura, demonstra-se como o locus de sentido muda para a cidade a partir das últimas décadas do século XX e também a atualização, continuidade e desaparecimento de várias dessas noções, como as de Amazônia como infância do mundo, do progresso libertador, o impulso enciclopédico, a noção de que ver é conhecer, o determinismo natural, dentre outras. Por fim, é apresentado um modo de compreensão e valorização para o mercado de produção de bens simbólicos produzido pelo Design do Amazonas alternativo à ideologia comercial dominante globalmente, considerando-se especialmente as particularidades oriundas da cultura indígenas que foram hibridizados na para o surgimento cultura amazônica, sua forma de se relacionar com o meio, seu perspectivismo, seu entendimento de uma política cosmológica e os potenciais impactos dessas noções para o Campo do Design.