[pt] LITERATURA, HISTÓRIA E LENDAS E NARRATIVAS DE ALEXANDRE HERCULANO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: CARLOS ROBERTO PIRES CAMPOS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=3743&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=3743&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.3743
Resumo: [pt] Esta tese tem como objetivo principal a análise das Lendas e Narrativas, para, do ponto de vista histórico e ficcional, demonstrar a tentativa de Herculano de transformar, atento ao projeto romântico, o medievo português em patrimônio cultural. Captar o olhar romântico do autor, voltado para o passado medieval na construção da identidade cultural portuguesa, foi o segundo objetivo que se nos impôs. Para tanto, dividimos o estudo em seis capítulos, enfatizando em cada um o papel que o discurso da História desempenha nessa ficção. As sete narrativas são analisadas através da discussão dos enredos, à luz de correntes teóricas contemporâneas, para detectar as peculiaridades de cada uma, com ênfase no diálogo que se estabeleceu entre o discurso da literatura e o da História, no ato da criação ficcional. Grosso modo, concluímos que, em Lendas e Narrativas, o autor pretendeu conservar a memória de intensas experiências, compreendendo tanto a tradição ibérica quanto a transformação dessa mesma tradição, que assume o papel de produtora de elementos novos. Em seus textos, representa-se a construção da própria identidade, das marcas basilares da literatura do século XIX e até de algumas do século posterior. Pensar a questão da memória literária em Lendas e Narrativas obriga, assim, a reconhecer a produção literária como um sistema de diálogos, de trocas e de apropriações, impulsionado por um jogo de forças interativas. A diversidade de personagens presentes na obra a constitui um tecido intrincado e exemplar do gênero ficção histórica, na esteira de Walter Scott. A leitura aqui feita, norteou-a o propósito principal de contribuir para o (re)conhecimento desta obra fundamental do Romantismo português, acrescido de outro, talvez pretensioso, de abrir perspectivas para novas abordagens. Este contínuo interpretar a história, renovando seu significado, dando-lhe diferentes interpretações, assemelha- se a percorrer uma trilha que, sempre renovada, leva à descoberta de novas e fascinantes leituras.