[pt] DESCREVER AS VEREDAS OU NARRAR O GRANDE SERTÃO?: A TAREFA DE ARLINDO DAIBERT AO TRADUZIR O ROMANCE EM IMAGENS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: ELZA DE SA NOGUEIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=5236&idi=1
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.5236
Resumo: [pt] O trabalho toma a série de setenta e um desenhos, colagens, aquarelas e xilogravuras G.S.:V. - uma tradução em imagens do romance Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, feita pelo artista plástico mineiro Arlindo Daibert - como recriação de processos descritivos e descrição de processos criativos do romance. Parte-se do pressuposto de que, ao se esquivar do compromisso tradicional da ilustração com o encadeamento e o conteúdo narrativos, de modo coerente com sua concepção de desenho como forma de raciocínio e com seu próprio projeto artístico, Daibert consegue retomar e desdobrar algumas das questões estéticas, culturais e históricas mais importantes do romance, através do estabelecimento de uma cartografia que se caracteriza antes pela mescla de referências que pela fixação de limites entre elas. Buscou-se abordar essas questões de forma a estabelecer, adicionalmente, um estreito diálogo com a crítica especializada da obra de Guimarães Rosa, não a fim de legitimar as reflexões visuais através da crítica literária, mas ao contrário, a fim de mostrar o quanto ambas podem ganhar em mútua colaboração.