[pt] EU TINHA MÓ PRECONCEITO, NÉ, EXU NÃO!: NARRATIVAS DE RESISTÊNCIA À ESTIGMATIZAÇÃO DAS PRÁTICAS RELIGIOSAS DE MATRIZ AFRICANA
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=34810&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=34810&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.34810 |
Resumo: | [pt] A presente pesquisa tem por objetivo aprofundar os conhecimentos e as reflexões sociais a respeito da resistência à estigmatização das práticas religiosas de matriz africana, a partir da microanálise narrativa-interacional de uma entrevista entre duas pessoas engajadas nessas práticas. A Perspectiva Sociointeracional do Discurso e a Análise de Narrativa fundamentam o trabalho, que é qualitativo-interpretativista, com inspiração etnográfica. Durante a entrevista, os participantes coconstróem uma narrativa central, cujo conteúdo é a história de vida do entrevistado, a partir de pequenos episódios narrativos encaixados, relacionados ao contexto religioso em que se inserem. Os interlocutores precisam manejar a tensão do estigma das práticas religiosas de matriz africana, que perpassa toda a conversa, e resistir a ela. A análise do encontro social sugere a existência de um vínculo entre a referida estigmatização e os macrodiscursos racistas, que desvalorizam as negritudes e oprimem a pessoa negra. Além disso, o estudo do contexto interacional aponta que outros estigmas, como o de religião e o de classe social, contribuem para rotular as práticas religiosas de matriz africana como desviantes. Os interlocutores recorrem à reflexividade no ato de narrar, que cumpre a função de resistir aos estereótipos depreciativos (selvageria, maldade, primitivismo, ignorância) aos quais as práticas religiosas de matriz africana foram relacionadas no senso comum. Desta forma, distribuem discursos alternativos, com valores e crenças adequados às identidades sociais que pretendem performar. |