[pt] A CONSTRUÇÃO DAS IDENTIDADES DO PROFESSOR EM GREVE: UMA ANÁLISE CRÍTICA E SISTÊMICO-FUNCIONAL DO DISCURSO AVALIATIVO DE REPORTAGENS JORNALÍSTICAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: CAMILA GOMES PINTO SOBRINHO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=25593&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=25593&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.25593
Resumo: [pt] Com o objetivo de investigar a construção das identidades do professor em greve no discurso avaliativo de reportagens jornalísticas, a presente pesquisa analisa reportagens online, veiculadas durante dois períodos de greve dos professores da rede pública do Rio de Janeiro – de agosto a outubro de 2013 e de maio a junho de 2014 – pelos jornais O Globo e O Dia. A investigação busca discutir as seguintes questões: 1) que identidades do professor em greve são construídas pelo discurso avaliativo de reportagens jornalísticas?; 2) de que modo os recursos linguísticos avaliativos produzem discursos que constroem essas identidades?; e 3) que significados ideológicos são gerados no discurso das reportagens analisadas, sugerindo relações de poder e dominação que envolvem o professor em greve? Para fundamentar a análise, o estudo, com foco interdisciplinar, apoia-se na perspectiva teleológica sobre gêneros discursivos (Martin, 1992; Vian Jr. e Lima Lopes, 2005); na abordagem sociossemiótica de linguagem da Linguística Sistêmico-Funcional (Halliday, 1994), especialmente nos recursos do Sistema de Avaliatividade (Martin e White, 2005; Vian Jr., 2010); na Análise Crítica do Discurso (Chouliaraki e Fairclough, 1999) e nas teorias socioconstrucionistas de identidade propostas por Moita Lopes (2003), Hall (2005), Bauman (2005) e Duszak (2002). Resultados sugerem a construção de múltiplas identidades do professor em greve, em sua maioria negativas, tais como: agressivo, tumultuador, baderneiro, intransigente, irresponsável e, de forma positiva, como corajoso. Dentre as contribuições teóricas da pesquisa, destaca-se a rica interface entre abordagens sociais e críticas de linguagem que não compreendem o fenômeno linguístico de outro modo a não ser cultural e sóciohistoricamente situado. No que tange a minha prática docente – e à dos professores da rede pública de ensino que reconhecem a greve como direito legítimo –, o estudo proporcionou a reflexão acerca de como temos discursivamente construídas nossas identidades no e pelo discurso da mídia jornalística.