[pt] A VERDADEIRA FICÇÃO ERRADICA A FALSA REALIDADE: ROBERT SMITHSON ENTRE NEW JERSEY E YUCATÁN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: CONSTANZA DE CORDOVA CONTRUCCI
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=63757&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=63757&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.63757
Resumo: [pt] A pesquisa investiga as relações entre percurso, escrita e entropologia presentes na obra do artista visual norte-americano Robert Smithson. Considerando sua proposição de entropia, que postula o desgaste inevitável da matéria e a busca de suas evidências in situ, o corpus do estudo será constituído especialmente por dois trabalhos de texto e fotografias produzidos em movimento: A tour of the monuments of Passaic (1967), em que Smithson visita o subúrbio de Nova Iorque onde cresceu rodeado por terrenos em construção em torno do conceito de non-site como ruína ao reverso; e Mirror displacements in the Yucatán (1969), quando o artista visita o território mexicano, posiciona espelhos na floresta tropical e estabelece um diálogo especulativo com as divindades maias e astecas. Em ambos, o artista sai em busca de sinais de ruína, acúmulo e desgaste na paisagem, em um exercício de entropologia – isto é, uma abordagem artística dos efeitos da entropia na paisagem e na cultura, um desdobramento da prática proposta por Claude Lévi-Strauss no final de Tristes Trópicos e levada à cabo por Smithson através de suas obras em deslocamento. Com olhar atento às camadas de produção textual do artista, a pesquisa examina, de maneira especulativa, as anotações de Smithson sobre a construção conceitual do non-site e como ele pode ser constituído através de uma escrita desdobrada em mapas, cartografias e rascunhos que acompanham seus textos, propondo uma leitura atualizada de determinadas questões estéticas e políticas levantadas pelo artista nos anos 60, tais como o enantiomorfismo, a cristalografia, a cultura como acúmulo e desgaste e o pensamento científico como ficção.