[pt] O DEVIR MULHER NEGRA: SUBJETIVIDADE E RESISTÊNCIA EM TEMPOS DE CRISE DO CAPITALISMO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: VANESSA SANTOS DO CANTO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15052&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15052&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.15052
Resumo: [pt] O setor bancário brasileiro é um dos mais dinâmicos do mundo e se constituiu em um pilar consistente de direitos vinculados ao emprego, e com um sindicato bastante atuante. Porém, a crise do capitalismo tem sido apontada como a principal causa da perda de suas bases de atuação. Além disso, observa-se que a emergência de demandas por direitos pautados em processos identitários de gênero e étnico/raciais convivem com a antiga subjetividade da categoria ainda presa aos padrões desenvolvimentistas. Neste sentido, o presente trabalho apresenta algumas reflexões acerca da inserção profissional das mulheres negras no setor bancário. Aborda o enfraquecimento da relação salarial, sobretudo, a partir dos avanços tecnológicos e dos processos de terceirização, bem como as possibilidades de resistência e os modos de subjetivação desenvolvidos neste contexto. Neste sentido, a questão do sujeito na contemporaneidade é de suma importância e se relaciona diretamente às questões relativas ao papel desempenhado pela identidade no processo de ação política das mulheres negras. Destaca-se, ainda, que tal processo não deve ser visto de maneira deslocada das transformações que marcam o mundo do trabalho contemporâneo, mas que se relacionam de maneira intrínseca com o novo modo de organização do capitalismo. A reflexão aqui proposta tem por fundamento o fato de que no mesmo momento em que as questões relacionadas a gênero e raça ganham maior visibilidade na sociedade brasileira, sobretudo a partir da promulgação da Constituição da República de 1988, a globalização atinge o país com toda vitalidade. Compreender tais transformações se torna essencial para apreender as novas dinâmicas sociais que se estabelecem, buscando contribuir para a abordagem acerca da questão racial e das relações de gênero que têm sido cada vez mais debatidas e ampliar os estudos específicos sobre as mulheres negras no Brasil.