[pt] CATÁSTROFE E CONTINUIDADE DE SER: O TRABALHO PSÍQUICO DA CRIANÇA NA PANDEMIA DE COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: ADELIA NUNES JEVEAUX PEREIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=64161&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=64161&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.64161
Resumo: [pt] Catástrofe e continuidade de ser: o trabalho psíquico da criança na pandemia de Covid-19. Este trabalho consiste numa pesquisa teórico-clínica acerca dos atravessamentos e produções específicas da clínica psicanalítica online com crianças durante a pandemia de Covid-19. Na primeira parte, estabelecemos o entendimento do contexto pandêmico a partir do conceito de catástrofe de Sandor Ferenczi, marcando distinções e relações com o traumático, de modo a considerar as mobilizações psíquicas do par analítico e as consequentes necessidades de elasticidade da técnica e de adaptação do setting por meio de vinheta. Em seguida, apresentamos o conceito de privação em Winnicott como fundamento de uma experiência psíquica de luto para a criança em confinamento, por vezes vivenciada de forma ambígua e imprecisa, e traçamos articulações com o fenômeno da evacuação de crianças de zonas urbanas no Reino Unido durante a Segunda Guerra para situar um referencial sobre possíveis efeitos psíquicos de grandes rupturas conjunturais no processo de constituição subjetiva. Relacionamos tais questões com a processualidade da constituição psíquica pela ótica de Ferenczi no tocante à gradual introjeção da realidade e ao papel do ambiente no acolhimento do sofrimento da criança. Por fim, exploramos através de vinhetas clínicas a especificidade do atendimento remoto na sua dimensão de setting audiovisual a partir do conceito de câmera subjetiva, relacionando-o com a teoria do brincar de Winnicott, mormente o conceito de uso do objeto, para refletir sobre o processo de construção de uma possibilidade de relação sofisticada com o mundo externo mesmo em circunstâncias de profundas restrições.