[pt] A NATUREZA COMO ESSÊNCIA ÍNTIMA DO MUNDO: A QUESTÃO AMBIENTAL NA FILOSOFIA DE SCHOPENHAUER
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=51192&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=51192&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.51192 |
Resumo: | [pt] A presente pesquisa tem como objetivo apresentar uma possível contribuição da filosofia de Schopenhauer para os debates acerca da questão da ambiental. Com base na metafísica imanente do filósofo, de acordo com a qual todos os seres são essencialmente vontade, possuindo, por essa razão, algo em comum entre si e compartilhando da mesma essência volitiva e sofredora, pretendemos apresentar a possibilidade de ler/identificar nessa metafísica a proposta de uma ética ambiental, visando até mesmo à conservação da natureza, tanto pela via ética quanto pela via estética, as quais possuem, conforme explicitaremos adiante, pontos em comum. Levantamos tal hipótese devido à noção schopenhaueriana de que tudo quanto existe faz parte da mesma essência e, por isso, deve ser visto como fim, não como meio. Dessa forma, evitar o sofrimento do homem, mas também dos outros viventes deve ser motivo para minha ação moral. Seguindo também a argumentação da via estética de que a natureza apraz por si mesma, devendo o homem interferir nela o mínimo possível, pensamos que, ainda que seja um tanto utópico esperar que o homem enquanto ser egoístico acredite na dignidade da natureza, e, não obstante os argumentos de Schopenhauer conterem elementos místico-românticos, a metafísica do filósofo pode sim contribuir para o debate ambiental, sobretudo acerca da conservação da natureza. Além disso, pensamos que as vias ética e estética estejam entrelaçadas, pois ambas pressupõem a supressão do querer interessado e egoísta, encontrando-se no que concerne ao desinteresse e ao des-uso da natureza. O momento estético de contemplação do belo e do sublime é um momento ético, de suspensão do egoísmo interessado. O que ambos têm em comum é o fato de serem momentos de suspensão da individualidade, portanto, da vontade. Ademais, acreditamos que além das vias ética e estética, podemos levar em consideração também a eudemonologia de Schopenhauer, como argumento a favor da conservação ambiental ou contra a degradação ambiental, mas pela via da racionalidade, como sabedoria de vida, não mais como experiência de desinteresse. |