[pt] ALGUMAS CONTRADIÇÕES ENTRE A TERRITORIALIDADE SIMBÓLICA E A FUNCIONAL EXEMPLIFICADAS NA LUTA PELA DELIMITAÇÃO DO QUILOMBO MARIA CONGA DE MAGÉ-RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: GABRIEL DOS SANTOS MARTINS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52773&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52773&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.52773
Resumo: [pt] O trabalho aqui apresentado trata de sentidos colocados em funcionamento na vida cotidiana, articula paixões e sonhos, aborda sobre realizações e ações para a compreensão do funcionamento das relações sociais que são justapostas por tensões e conflitos. Mas se trata de sonhos específicos, de desejos singulares que evocam a realização/permanência de uma história única, evidencia a particularidade e a mobilização de sujeitos específicos, os filhos de Maria Conga. Temos por objetivo analisar algumas implicações sobre a possível demarcação de um território simbólico incidente com um território funcional, tomando como exemplo os anseios, utopias, desafios e algumas contradições no Quilombo Maria Conga em Magé-RJ. Enfatizamos, para a tentativa de alcançar a realidade sempre fugidia, a dificuldade para a reinvindicação do território simbólico que atravessa questões como: a constituição da identidade dos sujeitos da comunidade relacionadas com a entrada e atuação de novos agentes que afetam tal identidade, onde a contradição entre o comum e o privado se expressa na configuração territorial, somada aos entraves promovidos pelas justaposições entre a lógica territorial fomal-institucionalizada (jurídico-administrativa) formulada pelo poder público municipal na definição do bairro, e da lógica territorial não formal, que transcende as fronteiras do bairro, expressa pelos sentidos identitários-simbólicos (pela escala da dimensão simbólica do poder). Contribuimos analiticamente na ênfase à valorização dos gestos simples, da valorização do sujeitos corporificados subalternos, na expressão do prática vivida que resguarda uma condução política que pode ser muito potente. Essa potência pode ser ampliada com a postura teórico-metodológica que insere o devir como possibilidade ampla e concreta que possa alçar transformações que induzem o devir do território comunitário, do território onde repousa o orgulho do ser quilombola, expressão de uma história de resistência, luta e força. Nossa abordagem sobre os Territórios de Esperança mobiliza para a condução do fazer urbano vinculado a nossa libertação, arquitetos da nossa própria vida, com a capacidade de imaginar e viver a esperança da mudança.