[en] IS TO TOLERATE A LITTLE? FOR A PHILOSOPHY OF THE EDUCATION STARTING FROM THE CONCEPT OF TOLERANCE
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=9472&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=9472&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.9472 |
Resumo: | [pt] A tolerância, às vezes, é considerada uma atitude antipática de quem não quer aceitar e muito menos amar o outro, mas apenas suportar ou permitir, como um favor de condescendência, que o outro exista. Não é esta a perspectiva assumida nesta pesquisa. O conceito de tolerância se coloca cada vez mais na pauta de discussão porque a intolerância com a diferença tem sido uma realidade recorrente em nossas sociedades. Inegavelmente estamos caracterizados pela diferença e, não obstante, parece que não sabemos tratá- la. A humanidade - marcada dolorosamente pela escravidão dos negros, pelas guerras religiosas, pelo genocídio dos povos ameríndios, pelo holocausto dos judeus, pela aversão à homossexualidade e pela submissão das mulheres - busca não mais permitir as manifestações de intolerância com o diferente, pois a intolerância não é apenas questão de não aceitar as opiniões divergentes; ela é agressiva e com freqüência assassina em seu ódio à diversidade alheia. Neste sentido, a educação tem um papel fundamental a desempenhar no embate por sociedades menos intolerantes e mais abertas às diferenças que dignamente nos constituem enquanto humanos. Porém, não se trata de uma educação qualquer. É imperativo que seja um projeto educacional capaz de entender e incorporar em sua prática pedagógica o valor da tolerância, que precisa ser fundamentado e consolidado. Minha pesquisa visa contribuir com esta demanda. Para isso, busquei refazer o desenvolvimento do conceito de tolerância, desde a Renascença até os tempos atuais, destacando o embate histórico entre intolerância e tolerância. Para explorar o conceito de intolerância utilizei o referencial teórico de Hannah Arendt, em especial o conceito de banalidade do mal. Para fundamentar o conceito de tolerância recorri ao pensamento de Adela Cortina sobre uma ética de mínimos. Meu trabalho, em última instância, sustenta que tolerar não é pouco, mas, ao contrário, trata-se de um valor-atitude basilar, tanto no campo das normas éticas quanto no campo educacional. Tolerância é um mínimo moralmente exigível, aquele pouco que nos revela o fundamental. E o que é fundamental, na verdade, não é pouco, é sim o imprescindível, o valioso, o essencial, aquilo que em hipótese nenhuma pode faltar em nossas relações sociais e muito menos na prática educativa. |