[pt] MATRYOSHKA PUTINA: MASCULINIDADES, SEGURANÇA E FRONTEIRAS NA RÚSSIA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: JOÃO VICTOR PINTO DUTRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=27094&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=27094&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.27094
Resumo: [pt] As mudanças ocorridas na Rússia desde a eleição de Vladimir Putin são marcantes tanto nas esferas materiais como simbólicas. No plano sociológico é possível observar o aparecimento de uma masculinidade hegemônica e hipermasculina, que estabelece uma hierarquia e ordem na sociedade. Assim, é importante o questionamento sobre quais alicerces a política se sustenta e em que medida essas relações se articulam tendo em vista a criação de uma determinada ordem social produzida que marginaliza, exclui e hierarquiza. Desta maneira, o Estado como prática das relações de poder constrói dicotomias e espaços de autorização e exclusão que, em última instância são condições de possibilidade da agência política. Com as Revoluções Coloridas, a possibilidade de uma intervenção estrangeira por dentro do regime transformou-se numa paranoia constante. O ocidente, então aparece como um espaço moral de ameaças e perigos; mais que isso, aceitar e defender um estilo de vida ocidental torna-se um exemplo de anti-patriotismo e objeto da definição de limites tanto internos como externos. Nesse sentido, podemos estabelecer uma relação entre a formulação da Política Externa/política externa no estabelecimento de ameaças e perigos para uma determinada narrativa sobre a Rússia. Por isso, a matryoshka é uma figura excepcional: bonecas que definem as fronteiras uma das outras sucessivamente, mas que sempre guardam alguma coisa dentro de si. A ascensão de Vladimir Putin e as narrativas políticas que lhe são capilarizadas perpassam necessariamente questões sociais e políticas essenciais para as Relações Internacionais: segurança e perigo, interno e o externo, autoridade e exclusão.