[en] APPROPRIATION AND REFUSAL: MACHADO DE ASSIS AND THE DISCUSSION ON MODERNITY IN THE 1870S

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: DANIEL PINHA SILVA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=21587&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=21587&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.21587
Resumo: [pt] Esta tese trata da produção crítico-literária de Machado de Assis em sua interlocução com o debate letrado brasileiro oitocentista, em especial, na década de 1870, momento de efervescência do discurso de modernidade. A hipótese central é que Machado estabelece, com a discussão brasileira, uma relação de apropriação e recusa que lhe permite, de um lado, identificar uma herança literária brasileira comum a ser continuamente mobilizada no presente, o pecúlio, e de outro, deslocar-se da referência nacionalista preponderante nas letras brasileiras, que impõe a nacionalidade como valor literário. Nos termos de Silvio Romero, nos anos 1870, um bando de ideias novas circula no ambiente letrado brasileiro, movidas por um novo repertório intelectual europeu, reivindicando, a partir deste, uma ruptura temporal ante os pressupostos do Romantismo. A análise machadiana sobre esse contexto pode ser encontrada em três textos, que servirão como eixos norteadores da tese: Notícia atual da literatura brasileira: Instinto de Nacionalidade, de 1873; A nova geração, de 1879 e Eça de Queirós: o Primo Basílio, de 1878. Com eles, e contando com o acúmulo de sua produção crítica anterior, Machado elucida os problemas a serem encaminhados pela tese, cuja articulação se encontra em uma compreensão nacionalista e historicizada do conceito literatura, comum a românticos e a nova geração de 1870: o desejo de criar uma literatura mais independente, vinculada a uma experiência do tempo, que considera a particularidade do presente como espaço possível de ruptura; a relação brasileira com o processo histórico exterior e anterior, tido como tempo da civilização, que requisita, para as ideias brasileiras, um esforço de contínua atualização ante a Europa; a associação entre literatura e realidade, conveniente aos usos éticos conferidos à literatura no debate brasileiro.