[pt] AS CARTAS DA GUERRA, DE ANTÓNIO LOBO ANTUNES: MEMÓRIA, HISTÓRIA, LABORATÓRIO DE ESCRITA
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30875&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30875&idi=3 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.30875 |
Resumo: | [pt] Esta dissertação se organiza em torno da leitura e da análise de um conjunto de cartas escritas por António Lobo Antunes durante a sua permanência em missão militar, entre os anos de 1971 e 1973, na guerra colonial portuguesa em Angola. Reunidas, organizadas e editadas pelas filhas do autor, Maria José e Joana Lobo Antunes, no volume D este viver aqui neste papel descripto. Cartas da Guerra (2005), essas cartas expõem um olhar particular sobre a guerra colonial, conjugando relatos de acontecimentos e situações de guerra, com paisagens e personagens marcadas pelo medo e pela angústia. Nestes papéis, o registro pessoal das condições específicas que se colocam entre o autor e a sua companheira, destinatária de todas as cartas reunidas, permite observar também a sua experiência na guerra a partir da formação de redes de sociabilidade e vivências afetivas, construídas com angolanos ou com camaradas da Comissão. Esta experiência de António Lobo Antunes em Angola, segundo as cartas examinadas, inclui ainda uma dedicação intensa à leitura e à escrita de poemas, cartas e romances, que ajudam a descrever um quadro dissonante, alternativo, que contrasta com a produção discursiva oficial associada às operações militares portuguesas na África. Desta forma, a dissertação se propõe a examinar procedimentos e formas de enunciação de uma escrita que condensa não apenas a experiência subjetiva do cotidiano da guerra, como também registra (e revela) a situação de exceção vivida como aprendizagem, como um laboratório de formação e de transformação a partir do exercício diário de escrita. |