[en] CREDIT OFFICERS ABILITY AND GENDER DISCRIMINATION: EVIDENCE FROM MICROCREDIT IN RIO DE JANEIRO S SLUMS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ISABELLE AGIER
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=37869&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=37869&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.37869
Resumo: [pt] Esta tese estuda a influência do analista de crédito nos mecanismos de concessão de microcrédito a partir de uma base de dados do Vivacred, uma ONG que atua em favelas do Rio de Janeiro. Um breve histórico do Vivacred e do microcrédito no Brasil é apresentado no segundo capítulo. 0 terceiro capítulo estima um modelo estrutural cujos resultados revelam que a heterogeneidade na habilidade dos analistas é mais importante na fase de seleção que na fase de auditoria dos projetos. Além disso, a habilidade dos analistas é correlacionada com a experiência interna, mas não com a anterior, mostrando a importância da gestão dos recursos humanos. Como os analistas têm uma relativa autonomia, os demais capítulos analisam se esta se traduz em comportamentos discriminatórios em relação às mulheres. O quarto capítulo documenta que as mulheres se beneficiam de um acesso equitativo ao crédito, mas obtêm menores volumes em relação aos homens. Ao analista pode ser imputado 27,3 por cento da diferença no tamanho de empréstimo entre gêneros, enquanto ao comitê de crédito, apenas 7,4 por cento; no entanto, 65,3 por cento é imputável às próprias mulheres que pedem empréstimos menores. O quinto capítulo compara gêneros em termo de atraso, inadimplência e perda. Para o mesmo montante de empréstimo, a mulher tem melhor reembolso em relação aos homens, nas três dimensões, implicando que o diferencial encontrado no capítulo anterior não é justificável economicamente. Além disso, o diferencial não se reduz ao longo do relacionamento, conforme seria esperado caso sua origem fosse a informação assimétrica. Um modelo teórico à la Becker, no sexto capítulo, mostra que discriminação pode levar a três possíveis estados: a rejeição de candidaturas femininas, a redução de empréstimos para maiores pedidos femininos ou a nenhum impacto. Resultados empíricos confirmam o segundo caso. Tendemos a atribuir os presentes resultados aos hábitos culturais. Às mulheres falta credibilidade, especialmente entre as mais ambiciosas. Não acreditamos que esse fenômeno seja voluntário ou consciente e queremos simplesmente alimentar a re flexão a respeito de um atendimento equitativo.