[es] ES ÉSTE MI LUGAR?: DESPLAZAMIENTO FORZADO Y RESIGNIFICACIÓN DE LA VIDA EN NARRATIVAS DE REFUGIADOS VENEZOLANOS EN RÍO DE JANEIRO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: MICHELE ABREU VIVAS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68695&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68695&idi=2
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68695&idi=4
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.68695
Resumo: [pt] A presente tese investiga o deslocamento forçado e a ressignificação de vida em narrativas de refugiadas venezuelanas, com formação universitária e ex-alunas do curso de Português para refugiados do PARES Caritas-RJ, lócus em que a pesquisadora atuou como professora voluntária. Os objetivos consistem em analisar as narrativas e indicar as motivações que essas participantes tiveram para deixar a Venezuela, as condições da travessia para o Brasil, a inserção na sociedade brasileira e o processo de ressignificação de suas vidas no Rio de Janeiro. A fundamentação teórica situa-se na análise de narrativas, na ordem micro e macro, em que são sinalizadas avaliações e construções identitárias de refugiadas venezuelanas, na interação com a pesquisadora, incluindo o uso de diálogo construído. A metodologia é de natureza qualitativa e interpretativa, através da observação participante, mediante realização de entrevistas semiestruturadas, gravadas remotamente em plataforma de videoconferência. As entrevistas foram realizadas em Português, língua escolhida pelas participantes. Nas transcrições, foi necessário estabelecer convenções que destacassem a prosódia do Espanhol no uso do Português ao longo de todas as falas. As entrevistadas fazem o relato de suas trajetórias, sempre marcadas por contínuos recomeços que as obrigam a se ressignificarem emocional, identitária e profissionalmente, tanto na sociedade de acolhida quanto no país natal. Além de apontar para as dificuldades de comunicação nas interações com os brasileiros não falantes de Espanhol, as narrativas expõem a dificuldade das entrevistadas em relação à falta de assistência e de políticas públicas que mulheres em situação de refúgio enfrentam no Brasil, principalmente devido a este conjunto de vulnerabilidades: serem mulheres, refugiadas, latino-americanas, não-falantes do Português. Suas falas revelam, ainda, o doloroso percurso para o estabelecimento e a sobrevivência no Rio de Janeiro e a consequente, e forçada, ressignificação de vida no âmbito familiar, social e profissional. Os resultados da análise indicam que a principal razão de deslocamento do país de origem é, 7 sobretudo, de ordem social, econômica e política, agravada pela crise humanitária e pela violação dos direitos humanos na Venezuela. A pesquisa possibilitou, ainda, importantes reflexões sobre a necessidade de se pensar nos impactos desse deslocamento na sociedade brasileira, assim como na urgência de políticas governamentais voltadas para o acolhimento, a garantia de direitos e a reinserção social de vidas forçadamente deslocadas.