[pt] CONTRA-CENAS AO ANTROPOCENO: POLIFONIA, SIMPOIESIS E COMPOSIÇÕES INTERESPECÍFICAS NA CENA CONTEMPORÂNEA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: LUIZ FELIPE MILEN REIS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=59168&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=59168&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.59168
Resumo: [pt] Esta pesquisa investiga de que modo saberes das artes, das humanidades e das ciências da Terra têm sido mobilizados por experimentos estéticos, sobretudo cênicos e performativos, empenhados em abordar os desafios existenciais trazidos à tona pelo Antropoceno — aqui interpretado como consequência direta de um projeto de modernidade antropocêntrico e capitalístico. A pesquisa investiga, portanto, propostas críticas e criativas que fazem da cena uma contra-cena, isto é: experiências que se apresentam como contraposições radicais às premissas ideológicas que fundamentam a modernidade e que engendram o Antropoceno. Trata-se de respostas estéticas que se empenham, sobretudo, em deslocar o humano das ilusórias posições de centralidade, soberania, onipotência, autossuficiência e de independência em relação à trama da vida. Na etapa final do trabalho, as noções de polifonia, de simpoiesis e de composições interespecíficas são investigadas enquanto dispositivos reflexivos e formais capazes de estruturar propostas performativas que, em forma-conteúdo, em dramaturgia e em encenação, se instauram enquanto contra-cenas ao Antropoceno e ao antropocentrismo. A partir de obras como Stifter s dinge, do encenador Heiner Goebbels, podemos vislumbrar formas de experiência cênica em que o humano deixa de estar representado enquanto protagonista único, soberano e indispensável da cena da vida — tanto da Terra como, também, do Teatro.