[pt] AVALIAÇÃO DE IMPACTO ECONÔMICO DECORRENTE DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS: UM INSTRUMENTO METROLÓGICO DE COMPETITIVIDADE INDUSTRIAL: UM ESTUDO DE CASO PARA CIMENTO, AÇO, PNEUS E CARROCERIA DE ÔNIBUS:

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: JAIME MAMANI TICONA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=4199&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=4199&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.4199
Resumo: [pt] Com base na regressão numérica de séries históricas associadas à produção de quatro produtos destacados no ranking mundial de produção (cimento, aço, pneus e carroceria de ônibus), a presente pesquisa de mestrado avalia os impactos econômicos decorrentes do processo da certificação. Considerada instrumento econômico de mercado que permite diferenciar produtos e fornecer incentivos para consumidores e produtores, o processo de certificação é um mecanismo formal que assegura qualidade e conformidade do produto a especificações técnicas previamente estabelecidas, permitindo disponibilizar um certificado que efetivamente denota conformidade do produto e sua adequação ao uso, criando condições mercadológicas favoráveis para facilitar sua comercialização em mercados externos mais competitivos. Como contribuição do trabalho são também analisadas as interfaces da certificação com a metrologia, com a normalização e com a avaliação da conformidade, entendidas como funções complementares da tecnologia industrial, a serviço do desenvolvimento da competitividade e da melhoria contínua de serviços e produtos, da redução do desperdício, da agregação de maior eficácia técnica e econômica e da redução de barreiras técnicas ao comércio, assim preconizando a máxima um único ensaio, baseado numa única norma, documentada por um único certificado, de credibilidade e aceitação mundial. Tendo em vista a abundante evidência teórica que considera a certificação uma ferramenta de competitividade e de intercâmbio tecnológico no nível macroeconômico da produção, o estudo empírico conduzido, beneficiando-se de um método estatístico de regressão processado pelo clássico programa econométrico EViews, inclui a certificação como uma variável dummy no processo de regressão, permitindo a mensuração dos impactos econômicos desejados. Foi demonstrado que a certificação possui influência positiva na produção, permitindo-se assegurar, com um nível de significância de 0,05, ou seja, com uma probabilidade de 95 por cento, que o processo de certificação no Brasil impactou: (i) 41,6 por cento na produção de cimento (de 1970 a 2002, tendo a certificação sido implementada em junho/1994), (ii) 15,2 por cento na produção de aço (de 1980 a 2002, tendo a certificação sido implementada em janeiro/1997); (iii) 20,8 por cento na produção de pneus (de 1970 a 2002, tendo a certificação sido implementada em maio/1996); (iv) 31,4 por cento na produção de carrocerias de ônibus (de 1980 a 2002, tendo a certificação sido implementada em janeiro/1993); e assim ficando demonstrado o impacto da certificação avaliada pelo método estatístico de regressão, que também caracteriza o desempenho dos produtos investigados.